O Município de Amares vai contratar cinco novos funcionários operacionais e integrar um outro que já estava na estrutura da autarquia. A proposta, aprovada por maioria, contou com os votos contra dos vereadores do PS, Pedro Costa e Valéria Silva.
Conforme explicou Pedro Costa, o voto desfavorável não se prende por estar «contra estas cinco contratações, as quais reconhecemos que fazem falta, mas sim como protesto contra a política de contratação municipal adoptada».
Segundo o socialista, a autarquia tem “aos dias de hoje” «334 funcionários que custam 5,5 milhões de euros, 76 dos quais técnicos superiores». Sobre estes dados, o vereador denotou que os mesmos tomaram essa proporção no actual mandato. «Houve um aumento brutal neste mandato», vincou.
Na resposta, o presidente de Câmara, Manuel Moreira, afirmou que a «análise» feita pelo socialista «não é séria», acrescentando que «cerca de 100 funcionários devem-se à descentralização de competências, dos quais 78 da área da Educação e 16 da Saúde».
«DESEQUILÍBRIO NOS RECURSOS HUMANOS»
Indo um pouco mais longe, Pedro Costa questionou também sobre a existência de algumas vagas (20) por preencher, em áreas como “designer de produto”, “advogado” e “psicólogo”.
«Para que é que precisa a Câmara de um designer de produto? Espero que não seja para garantir lugares para aqueles que, legitimamente, foram nomeados políticos e podem ficar sem emprego», atirou, destacando haver um «desequilíbrio na estrutura de recursos humanos».
«É urgente repensar a estrutura e reorganizar os serviços», disse, sublinhando: «A casa tem de ser arrumada, pois esta estrutura é insustentável».
Sendo mais incisivo nas críticas, Pedro Costa deixou claro: «O senhor presidente vai deixar um fardo pesadíssimo para quem vier a seguir».
O executivo municipal de Amares reuniu na tarde desta quarta-feira, 14 de Junho, no Salão Nobre do Município.