A mulher que foi agredida e viu o filho de 10 meses ser levado pelo companheiro da casa em que ambos viviam, na última semana, em Amares, garante que passa os dias com medo constante de que o homem, que está em liberdade, possa voltar a fazer mal a ela e ao bebé.
Em declarações ao CM, a mulher, de 27 anos, conta que mudou de casa e foi viver para outro concelho da área do Grande Porto, onde está junto de familiares, mas que praticamente vive presa na habitação, uma vez que tem medo de sair e de deixar o filho.
“Ando sempre a olhar para cima do ombro. Sei que ele vai voltar e, se puder, vai matar-me”, diz, assegurando que tem recebido várias mensagens do ex-companheiro.
Segundo o mesmo jornal, o homem partilha vários “recados” nas redes sociais, nas quais refere que é o pai da criança, embora antes não o tenha perfilhado.
“Os factos ocorreram a 22 de agosto, pelas 19h00, quando o suspeito, após agredir com socos e pontapés a sua companheira, num quadro reiterado de violência doméstica, ausentou-se de casa, retirando-lhe o filho desta, de apenas 10 meses”, explicou, então, a PJ em comunicado.
Na sequência, “após diligências realizadas durante toda a noite, com a colaboração da GNR de Amares, foi possível localizar o homem com a criança, tendo-se procedido à sua detenção”.
A PJ acrescenta que o detido, desempregado, “com antecedentes criminais por crimes de violência doméstica e subtração de menor”, foi presente ao Tribunal de Amares, “tendo-lhe sido aplicada a medida de coação não detentiva”.
Na edição desta quinta-feira, o CM adianta que está previsto que a mulher receba um botão de pânico e que os movimentos do agressor sejam controlados através de pulseira eletrónica, uma vez que está proibido de se aproximar da vítima, mas que nenhum destes dispositivos se encontra, para já, operacional.
Desenvolvimentos na edição impressa do jornal “O Amarense” de setembro, dia 04 nas bancas.