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OPINIÃO - -
COVID-19, AMOR-20

Opinião de Jacinta Marta Fernandes

 

O COVID-19 surgiu em 2019, depressa se propagou para 2020 e se disseminou pelo mundo inteiro. Este vírus, que partiu de uma pessoa, apenas uma, rapidamente propagou-se a mais de cem mil, em cerca de três meses (este artigo foi escrito a início de Março). De facto, uma contaminação galopante… Com ele, veio o pânico, o medo, o caos, mas também a desinformação, alguns alarmismos e comportamentos infundados e inconsequências daqueles que se julgam imunes ou que a desgraça é sempre alheia.

Toda esta situação poderá ser vislumbrada, noutra dimensão, como uma espécie de «ensaio sobre a cegueira»!

Não é altura para inconsciências! Aliás, esta será a melhor altura, para a maioria de nós, ter a oportunidade de praticar ou despertar a consciência! Vivemos numa era de globalização: não só económica ou de mobilidade, mas de inter-relações. Não estamos isolados! São quase inexistentes as barreiras físicas e, cada vez mais, o que acontece de um lado do mundo, rapidamente, terá efeito no outro.

Talvez esta tenha sido uma forma de mostrar como estamos todos ligados! E que uma nova era de humanização é necessária.

Por graça, do caos surge a ordem: medidas de contingência vão sendo implementadas e acções tomadas. Será entendível, portanto, que o isolamento seja uma medida óbvia, para parar algo transmissível e contagiante, em prole dos mais vulneráveis e de todos nós.

O afastamento físico que se requer no momento, será também uma forma de nos fazer parar um pouco. Que este abrandamento e recolhimento seja uma oportunidade de introspecção, de um olhar para dentro. Uma oportunidade de reflexões e questões. Como vivo a minha vida? Como me nutro, como trato o meu corpo e a minha alma? Que tipo de barreiras crio, constantemente, a mim e aos outros? De que forma trato ou afecto os outros? Que tipo de comportamentos e hábitos posso alterar para melhorar a natureza e o planeta onde vivo?

Afinal, o que é ser-se responsável? Cada gesto, cada palavra, cada pensamento, quando criados, possuem um determinado impacto, vibraram numa determinada energia e afectarão alguém…

Na verdade, sempre temos forma de cocriar empatia, responsabilidade, solidariedade, entre-ajuda e compaixão. E todas estas acções, como muitas outras, não serão mais do que formas “víricas”, ou de contágio, de amor…

Façamos este exercício metafórico ou paralelismo: tal como o COVID, o AMOR pode ser espalhado feito vírus, a partir de cada um de nós.

E que neste ano 2020 a humanidade possa disseminar o AMOR-20!

EDIÇÃO IMPRESSA - -
ACeS Gerês/Cabreira cria locais de atendimento ACeS Gerês/Cabreira cria locais de atendimento para casos suspeitos de Covid-19

A Direcção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Gerês-Cabreira decidiu encerrar todas as extensões de saúde e reorganizar os serviços para disponibilizar recursos humanos e materiais para fazer face à Covid-19, concentrando os seus profissionais nos Centros de Saúde sedes do respectivo Concelho. Com esta medida, entraram em funcionamento os locais de atendimento para casos suspeitos de Covid-19, nos Centros de Saúde dos vários Concelhos abrangidos pelo ACeS Gerês-Cabreira, de segunda a domingo, entre as 08h00 e as 20h00. A actividade dos serviços de atendimento complementar fica suspensa.

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OPINIÃO - -
Higiene do Sono, uma ferramenta de saúde mental face à Pandemia

O momento que nos encontramos a viver é deveras desafiante para todos, desde os que se encontram em isolamento involuntário, vendo assim alteradas todas as suas rotinas e constrangida a sua liberdade, até àqueles que, por força das responsabilidades laborais, se veem obrigados a sair de casa e, por isso, mais expostos à ameaça de contágio pelo novo coronavírus.

Angústia, medo, ansiedade, tristeza, raiva, muitas podem ser as reações emocionais neste momento e existem já recomendações por parte da OMS para a preservação da saúde mental face aos desafios da Pandemia: manter o contacto com familiares e amigos através do telefone e redes sociais; manter um estilo de vida saudável, cuidando a sua alimentação, exercitando-se e abstendo-se de consumos nocivos; manter-se informado, selecionando fontes credíveis e limitando o tempo de exposição a notícias perturbadoras, são algumas dessas recomendações.

Pela sua função restauradora, de conservação de energia e de proteção, o sono é essencial ao ser humano. Ele é um fiel barómetro das nossas inquietações e, muitas vezes, o primeiro sintoma de que algo não está bem nas nossas vidas é a dificuldade em dormir. É por isso possível, face à presente pandemia, que o leitor se esteja a confrontar com este tipo de problema.

A privação de sono, comprometendo as suas atividades diárias, pode trazer-lhe dificuldades sociais, somáticas, psicológicas e cognitivas, a curto, médio e longo prazo. Nas crianças e adolescentes, ela pode até comprometer o seu são desenvolvimento.

A Higiene do Sono consiste num conjunto de gestos e hábitos simples, que, adotados de forma sistemática, melhoram a qualidade do sono. As regras que a seguir partilho consigo vão ser úteis não apenas nestes conturbados tempos de pandemia, como pela vida fora.

  • Estabeleça um horário regular para dormir e acordar e tente cumpri-lo independentemente de ser dia útil ou fim-de-semana.

  • Durma apenas o número de horas necessárias. Um adulto saudável precisa em média de 7 a 9 horas de sono por noite, mas esta necessidade varia de indivíduo para indivíduo. Uma forma de perceber se o que dorme é suficiente é avaliar em que medida o sono foi reparador e revitalizante.

  • Se tem o hábito de fazer sestas, não exceda os 45 minutos de sono durante o dia.

  • Pratique exercício físico regular, mas evite fazê-lo imediatamente antes de se ir deitar.

  • No mesmo sentido, evite atividades estimulantes, como ver filmes de ação ou usar o computador ou telemóvel, ao deitar.

  • Antes de dormir, faça algum tipo de relaxamento (por exemplo: ouvir música calma, ler um livro, tomar um banho quente ou meditar).

  • Evite o consumo de álcool e nicotina, especialmente quatro horas antes da hora de dormir, e o consumo de cafeína (café, chá, refrigerantes, chocolate) seis horas antes da hora de dormir.

  • Evite comidas pesadas, picantes ou doces, quatro horas antes da hora de dormir, no entanto, não se deite com fome. Uma refeição pequena e ligeira antes de se ir deitar é aceitável.

  • Ao jantar, privilegie alimentos ricos em cálcio e vitamina B, pelas suas propriedades sedativas.

  • Evite o excesso de quaisquer líquidos à noite. Isto evitará interromper o sono para ir à casa de banho.

  • Caso desperte durante a noite, não coma, sob pena de habituar o organismo a despertar sempre que haja sensação de fome.

  • Utilize pijamas e roupa de cama confortáveis e adequadas à estação. Não deve sentir frio, nem calor durante a noite.

  • Mantenha o quarto bem ventilado e a uma temperatura agradável.

  • Bloqueie o mais possível os ruídos e elimine a luminosidade ao máximo.

  • Reserve o seu quarto para dormir e praticar sexo. Evite utilizá-lo para trabalho ou recreação geral (ex., tv, videojogos, telemóvel e tablet).

OPINIÃO - -
Quarenta, Quarentena, Quaresma e Ressurreição.

Rapidamente Wuhan alcançou todo o mundo. Quarenta anos após o lançamento da primeira rede móvel, a rede 5G poderá não reunir condições suficientes, para conseguir tal acesso e rapidez num curto espaço de tempo.

Covid-19 um vírus que causa doença ao ser humano, a infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como uma doença mais grave, como a pneumonia. Foi detetado e identificado em dezembro de 2019, no território chines, na cidade de Wuhan. O vírus atingiu centenas de pessoas na China alastrou-se também à Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, EUA, Singapura e Vietnam. No entanto, devido ao novo Ano Lunar Chinês, havia o risco de o vírus se espalhar largamente, com as deslocações de milhares de pessoas a fim de comemorar. Já provocou milhares de mortos e cada vez existem mais pessoas infetadas em todo o Mundo. Segundo a OMS, o epicentro da epidemia está concentrando agora na Europa. Em Roma, Itália, foram confirmados positivo confirmando-se positivo a 2 turistas chineses que se encontravam na cidade de Roma a 31 janeiro, poucos dias depois, na região de Lombardia confirma-se mais 60 casos e a primeira fatalidade.

Tal como eu, outras pessoas acompanhavam com alguma curiosidade e uma momentânea inquietação à evolução do surto na cidade de Wuhan. Inicialmente, por parte da DGS, era bastante notória a omissão sobre o assunto, quando questionados, contestavam com algumas das seguintes afirmações: “(…) não temos que ficar alarmados. “; “(…) é um bocadinho excessivo a possibilidade de contágio entre humanos.”; “Não há grande possibilidade de chegar um vírus destes a Portugal.

No território nacional, os 2 primeiros casos confirmados surgiram a 2 de março, a 16 março ocorreu a primeira fatalidade e já com 331 casos confirmados. Até á data de envio deste artigo, em Portugal, contabilizava 1600 casos confirmados, entre os quais, 169 em internamento, 41 em cuidados intensivos, 5 recuperados e 14 óbitos. Seguramente, segundo as estatísticas de especialistas em Epidemiologia, os números serão superiores.

A resposta dos portugueses foi mais rápida que as afirmações de Graça Freitas, na prevenção e contenção à evolução do Covid-19. Fecharam escolas, procedeu-se ao isolamento social, decretou-se Estado de Emergência e entramos em Quarentena.

A história da quarentena nasceu há muito tempo. No seculo 14, a peste bubónica matou mais de um terço da população da Europa. Na época, pouco se sabia sobre a doença. O governo de Veneza, temendo que o mal viesse do mar, determinou que as embarcações ficassem isoladas durante 40 dias antes do desembarque dos passageiros. Porquê 40 dias? Ninguém sabe. Uns falam na influência da quaresma, período de 40 dias que Jesus passou no deserto antes de ser testado pelo demónio.

Este ano teremos a Páscoa, dois dias antes do pico da epidemia, 14 de abril, previsão avançada pela ministra da saúde. Que se testemunhe essa data e se introduza o período de Ressurreição, primordial para Portugal!