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OPINIÃO -
Os talentos do futuro…

Vivemos num tempo de novos desafios, novas realidades e também novas oportunidades para o trabalho do futuro, neste sentido, assistimos a uma confluência cada vez maior entre o digital e o físico ou por outras palavras “onelife”, como podemos verificar através de sistemas como: a inteligência artificial, machine learning, realidade virtual e aumentada, blockchain, entre muitos outros, e por outro lado, a necessidade de uma adaptação do colaborador a uma exigente realidade, através de aspetos como: co-criação crowdsourcing, inteligência emocional, adaptabilidade, flexibilidade, criatividade, empatia, resiliência e melhoria contínua, entre outros…

A Inteligência artificial segundo Murphy, K. (2012) é “o conjunto de métodos capazes de detectar padrões automaticamente num conjunto de dados e usá-los para fazer previsões sobre dados futuros, ou para tomar outro tipo de decisões num ambiente de incerteza”.

Nas palavras de Bengio, Y. e outros (2015) “Machine learning são no aspecto mais básico, um sistema de probabilidades que permite que modelos computacionais, que estão compostos por múltiplas camadas de processamento, aprendam sobre dados com múltiplos níveis de abstração.”

A realidade virtual consiste genericamente, numa experiência imersiva, inserindo o utilizador num ambiente diferente do que o rodeia, proporcionando uma nova experiência. Já a realidade aumentada mantém-se no mundo real, mas introduz objetos virtuais, com os quais o utilizador, pode interagir, tendo o propósito melhorar a conectividade com o mundo real.

O blockchain tem como essência, a estruturação de dados, registando forma encriptada todas as operações realizadas e previamente validadas por uma rede de interligações independentes através de um algoritmo consensual entre os seus membros.

Os benefícios da co-criação são fundamentalmente, métodos de resolução de problemas, incorporando maior estratégia, criatividade e colaboração em co-autoria e co-responsabilização, promovendo um maior envolvimento dos colaboradores e a inovação.

O crowdsourcing consiste sinteticamente, num modelo coletivo de colaboração com o propósito de agregar os vários talentos, procurando uma solução relevante para um problema, promovendo a criatividade e inovação.

A inteligência emocional constitui um verdadeiro fator de diferenciação nas organizações, na mediada em que os colaboradores devem encontrar um equilíbrio emocional individualmente e o seu alinhamento com a cultura organizacional e vice-versa.

A adaptabilidade e flexibilidade são necessidades constantes, pois os colaboradores precisam de encontrar soluções adaptadas às novas necessidades de satisfação de todos stakeholders, na procura constante e inovadora de produtos e serviços mais atuais e amigos do ambiente.

A empatia, resiliência e melhoria contínua, são também fundamentais para comunicar com sentido e significado, ultrapassando os obstáculos e as dificuldades sem nunca desistir, bem como, contribuir sistematicamente, para que o dia de amanhã seja melhor que o de hoje.

OPINIÃO -
É bom viver em Amares?

A resposta para mim é, SIM. 

Ainda é bom usufruir da nossa terra, que tem gente boa, paisagens e lugares maravilhosos e fatores múltiplos, que fazem valer a pena desfrutar destas terras de entre Homem e Cávado.

No entanto, nos últimos tempos temos percebido que temos perdido anos de desenvolvimento que estão a colocar Amares na cauda dos concelhos da região. 

Não vale a pena esconder: Viver em Amares significa não ter garantido um conjunto de recursos – muitos deles básicos – que a esmagadora maioria dos concelhos da região tem como adquiridos.

Três linhas de reflexão simples que merecem uma atenção dos responsáveis políticos e dos Amarenses em geral.

Primeiro, os Amarenses ganham pouco. Soubemos recentemente num estudo sobre o rendimento dos portugueses que o concelho de Amares está no 213º lugar dos Municípios portugueses, no que diz respeito a rendimentos líquidos. Em média, cada Amarense com emprego recebe 564€/mês limpos (7.897€/ano). Amares tem uma taxa de desemprego mais alta que a média nacional e da região e uma alta percentagem de emprego precário. Não temos uma economia próspera e um concelho competitivo e empregador. Não há no nosso território um planeamento que facilite a laboração e o sucesso das nossas empresas, que promova a criação de novo emprego e que atraia investimento para o concelho.

Em segundo lugar estamos longe de ter satisfeitas necessidades básicas. Se no saneamento vamos agora chegar a taxas de cobertura pelo menos aceitáveis, a verdade é que num concelho banhado por dois fartos e abundantes rios continua a faltar água nas torneiras sempre que chegamos ao verão. A rede de abastecimento que temos conta 30 anos! Inaceitável um facto que só resulta da inabilidade e irresponsabilidade política de quem gere os investimentos do Município.

Por último, num concelho que se diz de atração turística e onde se anuncia taxas de ocupação esgotadas – como se um copo cheio significasse o mesmo que meia garrafa – continuamos a desprezar as condições mínimas de atratividade, com estradas municipais esburacadas, jardins e espaços verdes públicos abandonados e, pior de tudo – um serviço de recolha de lixo insuficiente que tem sido alvo de permanente desinvestimento de há uns anos a esta parte.

Pelo meio, os responsáveis sacodem a água do capote, acusando os Amarenses de falta de civismo, gastos de água desmesurados, colocação de lixo fora dos (cheios) contentores, quando todos sabemos que quando os recursos faltam é mais fácil apontar o dedo que encontrar soluções.

Continua a ser muito bom viver em Amares. Temos um potencial imenso a explorar, que só está ensombrado por uma gestão que fecha os olhos ao essencial: a qualidade de vida dos Amarenses.

Quando se perceber que Amares tem que desinvestir nos eventos, para planear mais e apostar na qualidade de vida na nossa terra (e não porque um vírus assim o forçou), viveremos definitivamente num pequeno, mas fantástico concelho.

Talvez trabalhemos mais nele e não nos concelhos vizinhos. Talvez tenhamos tudo o que precisamos nele. Talvez vivamos muito mais nele.

Desejo-lhe umas boas férias!

EDIÇÃO IMPRESSA -
Isidro Araújo reitera intenção de se afastar da política em 2021

Reeleito Presidente da Comissão Política do PSD Amares, Isidro Araújo considera que a recandidatura de Manuel Moreira é «um processo natural» e que deve voltar a contar com o CDS-PP como parceiro de coligação. Sobre si próprio, reitera a intenção de se afastar da vida autárquica e aponta a Vereadora Cidália Abreu como substituta natural como “número dois” da candidatura. «O nosso grande objectivo é ganhar as eleições para dar continuidade ao projecto que temos», frisa.

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