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TERRAS DE BOURO -
Jovem ficou ferido depois de queda nas cascatas do Gerês

Um jovem de 20 anos ficou ferido na perna depois de cair numa cascata – conhecida  vulgarmente como “Cascatas do Tahiti” – no Parque Nacional da Peneda-Gerês. A situação ocorreu na tarde deste sábado e ao local acorreram socorristas da Delegação de Rio Caldo da Cruz Vermelha Portuguesa e militares do Posto Territorial da GNR da Vila do Gerês.

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OPINIÃO -
Sós e sem desculpas

Expressão utilizada por Jean-Paul Sartre, considerado o pai da corrente filosófica, o Existencialismo. Existem diversos tipos de batalhas que o ser humano pode enfrentar, algumas delas com armas e fatalidades. Porém, poucas estimulam a inteligência das pessoas, como é o caso do xadrez, que é um dos jogos mais fascinantes do mundo.

Para além da inteligência, este jogo estimula a concentração, percepção, astúcia e técnica. Em primeiro lugar, o acaso não existe no xadrez: ninguém ganha uma partida porque “teve sorte”, ninguém perde porque “teve azar”. Trata-se de um jogo movido apenas pelo raciocínio dos dois jogadores, que são os únicos responsáveis pelo resultado. Daí utilizar-se a expressão de um jogo perfeitamente existencialista. 

Acredita-se que o xadrez possa ter surgido na Índia durante o século VI e posteriormente para a China. A forma atual do jogo chegou à Europa na segunda metade do século XV. A partir de 1730, passou a ser muito jogado em cafés, como o de la Régence, em Paris, um dos mais famosos pontos de encontro de todos os tempos, com frequentadores ilustres como Voltaire, Rosseau, Robespierre, Benjamin Franklin, Napoleão e Richelieu. O xadrez é um dos jogos mais populares do mundo, em 2001, foi reconhecido como desporto pelo COI (Comité Olímpico Internacional). 

Dei os primeiros passos no xadrez com 9 anos através de um jogador experiente, meu pai, no seu tabuleiro oferecido nos anos 60 por um amigo e conceituado artista plástico barcelense. Pintor, paisagista, caricaturista e retratista, Manuel Gonçalves Torres. Ainda hoje, guardo religiosamente esse tabuleiro.

Para jogar xadrez é necessário um tabuleiro composto por 8 colunas e 8 linhas, o que resulta 64 casas possíveis para a mobilidade das peças, alternadas entre brancas e pretas. Cada jogador tem 16 peças, brancas ou pretas. O objectivo é capturar o rei inimigo dando xeque-mate. As peças de cada jogador são compostas de oito peões, duas torres, dois cavalos, dois bispos, uma rainha e um rei.

Cada peça tem a sua particularidade de se movimentar no tabuleiro. O peão move-se em coluna vertical somente para a frente e uma casa, nunca para trás. A torre move-se nas linhas retas horizontais e verticais, quantas casas desejar. O cavalo move-se em “L”, ou seja, anda duas casas na horizontal ou vertical e depois uma casa na vertical ou horizontal, ou vice-versa. O cavalo pode saltar sobre qualquer peça sua ou do adversário. O bispo move-se nas direções diagonais e na mesma cor, quantas casas desejar. A Rainha é a peça mais poderosa, pode-se movimentar quantas casas quiser ou puder, na diagonal, vertical ou horizontal. O rei é a peça mais importante, mas também a mais fraca, pode-se mover uma só casa em qualquer direção. Além de outros movimentos existem também regras para o jogo.

Há dias propus-me a uma tentativa de renascer o xadrez no concelho de Amares, intitulado de “Xadrez na Praça”, destinado a todos que possam gostar ou aprender a jogar xadrez. 

A escolher entre Roque, En passant ou Promoção…

AMARES -
«Obra de referência e que mostra bem a diferença dos tempos»

Foi inaugurado este sábado, 5 de Junho, dia em que se assinala o Dia Mundial do Ambiente, o Centro de Bem Estar Animal do Município de Amares, instalado na freguesia de Dornelas. Presente na inauguração, o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Soares Miguel, sublinhou a «obra de referência que mostra bem a diferença dos tempos».

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OPNIÃO -
Incêndios Rurais/Florestais

Opinião de João Ferreira

 

Teve início a 15 de Maio o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR 2021), que conta com o maior número de sempre de meios envolvidos. 

Uma primeira intervenção e combate terrestre composta em cerca de 50% pelos Bombeiros e o restante por entidades como os Sapadores Florestais (SF), a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, Força Especial de Proteção Civil (FEPC) da ANEPC, apoiados por Equipas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Serviço de Proteção da Natureza (SEPNA) da GNR, Agrupamento Complementar de Empresas para a Proteção Contra Incêndios (AFOCELCA) e as Forças Armadas (FA) entre outros, como os vigilantes e agentes de segurança pública. 

Mas independentemente dos números de operacionais ou meios aéreos, há variantes que superam qualquer resposta. Portugal é líder em Incêndios na Europa (Fernandes et al, 2007) muito por culpa do território que reúne as condições ideais para sua ocorrência, chamado “piroambiente” (Pyne 2006), fruto das suas características mediterrâneas, que conjugam a época quente com a época seca, a feição atlântica, que permite uma elevada produtividade vegetal.

Um mau ordenamento do território nas últimas décadas, agravado pelo abandono dos espaços rurais com um predomínio de monoculturas como o eucalipto e pinheiro bravo, conjugado com uma grave falta de educação florestal, Portugal possui os ingredientes para se manter, pela negativa, líder em ignições e grandes áreas ardidas.

Entre muitas medidas preventivas como as limpezas em redor das habitações ou aglomerados, aplicabilidade eficaz e eficiente de instrumentos como os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndio (PMDFCI), manutenção e criação de Faixas de Gestão de Combustível (FGC), implementação dos Programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras, Programas de Transformação da Paisagem (PTP) é necessário reduzir os comportamentos de risco, educar e sensibilizar a população. É necessário ver os incêndios florestais não só como um problema económico, mas também como um problema social, cultural e ambiental.

Chega de culpar São Pedro e desculpar em São Bento, o problema não é só do clima!

Este Verão evite comportamentos de risco, não faça fogueiras em espaços florestais, não atire cigarros para o chão, não lance fogo-de-artifício.

Durante o período crítico (1 de julho a 30 de setembro*) é proibido fazer queimas ou queimadas, usar fogareiros e grelhadores em zonas criticas, lançar balões de mecha acesa ou foguetes ou outros artefactos pirotécnicos (carece de autorização), fumigar ou desinfestar apiários. É ainda obrigatório o uso de dispositivos de retenção de faísca e tapa chama nos equipamentos de combustão interna, nos veículos agrícolas de transporte pesados 1 ou 2 extintores de 6kg.

Fora deste período informe-se na sua Junta de Freguesia ou Município sobre o Risco de Incêndio diário.

Porque a floresta faz parte da nossa história. Cerca de 98% dos incêndios florestais têm origem humana. Cumpra as regras e evite comportamentos de risco. Em caso de incêndio ligue o 112. “O fogo pode ser um bom empregado, mas também pode ser um mau patrão”.

* O período crítico pode ser antecipado ou prolongado para além deste período de acordo com despacho do Governo.