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OPINÃO -
Por que não a Energia Nuclear?

Por Marco Alves

 

A Revolução Industrial causou uma das maiores, senão a maior mudança na vida social em toda a história da era Moderna. Uma transformação que deixou marcas profundas e irreversíveis nos recursos naturais do planeta. Muitos desses recursos não são renováveis e retirá-los da natureza está a provocar danos irreparáveis nos ecossistemas. Atualmente, a humanidade tenta correr atrás do prejuízo ambiental em busca de uma energia verde e limpa.

Continuam presentees nas nossas memórias os desastres Chernobil e Fukushima. O primeiro desencadeado em 1986 através de erros e falhas inerentes ao projeto. O segundo provocado por um Tsunami que devastou a costa na região do Japão.

 Segundo a UNECE (Comissão Económica da Nações Unidas para a Europa), a energia nuclear é uma das fontes de eletricidade com a menor emissão de carbono por unidade de energia produzida. É também a fonte de eletricidade com menor impacto ao nível da extração, utilização de área e impacto no meio ambiente circundante. Existem diversos receios associados a esta fonte de energia, Portugal tem optado ao longo do tempo me não investir nesta energia. As centrais nucleares modernas possuem uma taxa de fatalidades inferior a outra qualquer forma de produção de energia. Segundo o JRC (Centro de investigação científico e de conhecimento da União Europeia), demonstrou que a energia nuclear moderna é segura, verde e sustentável. No mesmo relatório mostra que as soluções atuais para lidar com resíduos nucleares são aceitáveis e seguros, mas que se deve investigar outras formas mais avançadas para o tratamento de resíduos.

A introdução de energia nuclear de nova geração em Portugal, na forma de Reatores Modulares Pequenos (SMR), traria diversas vertentes. Além de um elevadíssimo grau de segurança, incorporava-se uma energia com enorme grau de estabilidade, segurança e com zero emissões de gás com efeito de estufa. Vantajoso para uma produção de eletricidade descentralizada e produção de calor, o que possibilita uma enorme diminuição no consumo de gás natural em Portugal. A produção de energia nuclear não é tão cara quando comparada a outros tipos de produção, isto representaria uma redução significativa nas despesas do governo, e consequentemente chegaria energia mais barata à população.

Em 2018, a energia nuclear foi responsável por 10,4% da produção de energia, as centrais convencionais (carvão, combustíveis líquidos e gás natural) contribuíram com 65,1% da produção, as hidrelétricas com 16,6% e as renováveis com 5,6%. As fontes de urânio já identificadas são suficientes para produzir energia entre 60 a 100 anos…

Portugal necessita de uma central nuclear?

Não é possível responder afirmativamente ou negativamente. Seria necessário um levantamento aprofundado de todas as componentes do problema através do Plano Energético Nacional, montar uma estrutura legislativa adequada, retomar o ensino da Física e da Engenharia Nuclear nas Universidades, esclarecer a população, fazer um levantamento geológico, estudar o impacto de uma central na rede elétrica nacional e fazer um levantamento sério das necessidades energéticas a médio/longo prazo. A fusão nuclear é a tecnologia que apresenta melhores perspectivas de sucesso.

As fontes de energia renováveis a partir da água, sol e vento têm um grande inconveniente: estão sujeitas à imprevisibilidade da natureza provocadas pelas alterações climáticas e o risco da diminuição da produção de energia com estas fontes, pode comprometer o abastecimento da população.

 “A sabedoria só aparece com a experiencia. A experiencia só se constrói aprendendo com os erros.”

EDIÇÃO IMPRESSA -
Mais de 4 milhões de investimento e nova concessão para garantir o futuro das Termas de Caldelas

A nova concessão das Termas de Caldelas implica um investimento mínimo de quatro milhões de euros, ficando a empresa concessionária com a obrigação de requalificar e reabilitar todos os edifícios que compõem o complexo termal e que foram recentemente comprados pela Câmara de Amares. A concessão terá um prazo inicial de 30 anos e a possibilidade de prolongar por mais 20, caso seja vontade do concessionário, perfazendo um total de 50 anos. 

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BRAGA -
Empresário de Braga questiona eficiência da aplicação da “bazuca”

“Precisamos de menos Estado e mais economia privada, aquela que capitaliza, que acrescenta riqueza, que cria emprego economicamente sustentável e não dependente de uma máquina gigantesca e ineficiente como é a função pública portuguesa”. É deste modo que Ramiro Brito, o CEO do Grupo Érre, sediado em Braga e com actuação em várias áreas de negócio como tecnologia e ambiente, avança com a sua preocupação sobre a aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ‘bazuca’.

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EDIÇÃO IMPRESSA -
Daniel Fernandes. O cantor lírico que está a apaixonar Portugal

Chegou, viu e… está na final. O jovem amarense Daniel Fernandes, de 23 anos, natural de Lago, tem sido um dos protagonistas desta edição do The Voice Portugal, programa emitido pela RTP nas noites de domingo. Depois de uma “prova cega” arrasadora, em que levou a alma do lírico para o palco, Daniel superou as várias etapas e garantiu um lugar na final, que está marcada para 6 de Fevereiro. Em entrevista ao jornal “O Amarense”, mostra-se surpreendido com o percurso e com a onda de apoio que conseguiu conquistar, mas assume que acredita na vitória final.

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OPINIÃO -
Vespa Velutina

Por João Ferreira

 

A vespa velutina nigrithorax é originária do Sudoeste Asiático, chegou à Europa pela França num contentor entre 2003 e 2004. É considerada uma espécie invasora em quase todos os países da Europa e em Portugal, desde julho de 2016, devido à sua origem, passou a ser designada por Vespa Asiática. Confirmada em Portugal pela primeira vez em Viana do Castelo em 2011, nos dias de hoje já proliferaram ao vale do Tejo através do litoral, para o interior do país dá-se de forma mais lenta e através das linhas de água e suas bacias hidrográficas.

Como identificar? Com excepção da Vespa crabro, a Vespa velutina é facilmente diferenciada das demais vespas autóctones na Europa, as quais são mais pequenas.

A Vespa velutina, um pouco mais pequena que a Vespa crabro, pode atingir ainda assim os 3,5 cm (fecundadoras), possui o tórax preto, face da cabeça alaranjada, abdómen preto com 4º segmento alaranjado, listas finas alaranjadas nos restantes segmentos e patas amarelas. Os ninhos primários têm o tamanho de uma bola de golfe e são construídos pela vespa fecundadora e tem entrada pelo fundo. Já quando os ninhos são definitivos (grandes dimensões) estes diferenciam-se pela sua entrada ser na lateral enquanto o da Vespa cabro ser pelo fundo.

Têm um sério impacto negativo na biodiversidade pela forte predação a espécies polinizadoras. “Menos polinizadores é sinónimo de um declínio de várias espécies de plantas, que podem até desaparecer, por dependerem destes animais, directa ou indirectamente. Para além disto, a diminuição do número ou da diversidade das populações de polinizadores tem um impacto na segurança alimentar, com a quebra de rendimento de muitas culturas agrícolas” (Parlamento Europeu, 2019).

Para a população e saúde publica pode haver perigo pela sua agressividade. Embora longe do ninho as vespas não pareçam agressivas para os humanos, as obreiras defendem o ninho quando as pessoas se aproximam a menos de 5 m (Perrard et al.,2009; de Haro et al.,2010). Atendendo à sua adaptação e aproximação ao espaço urbano o contacto com humanos tem vindo a aumentar.

Como e quando combater esta invasora? Existem dois períodos estratégicos directamente relacionados com o ciclo de vida desta vespa, embora testemunhos e estudos refiram que devido às condições climáticas, sobretudo neste inverno, o ciclo possa ter sido “alterado”. Geralmente entre Fevereiro e Abril, as vespas fecundadoras saem da hibernação e procuram alimentação rica em açúcar. Nesta fase a melhor estratégia será criar uma “rede” de armadilhas artesanais ou comerciais ricas em açúcar com uma componente alcoólica (sangria é uma boa opção). Os ninhos desenvolvem-se mais no período de julho a outubro, período que vai coincidir com o maior impacto de predação de insectos, em particular das abelhas nos apiários, sendo utilizados para alimentar as larvas em desenvolvimento nos vespeiros. Neste período a colocação de armadilhas deverá ser mais perto dos apiários e para além de uma fonte adocicada e alcoólica deverá possuir também uma fonte de proteína como atractivo.

A destruição dos ninhos é da responsabilidade da câmara municipal da área onde se registe a sua ocorrência ou de outra entidade que seja por si autorizada.

O que fazer se avistar um ninho suspeito de Vespa velutina? Deve participar ao seu município ou da sua Junta de Freguesia ou ainda o pode fazer através do www.sosvespa.pt ou da linha SOS Ambiente 808 200 520.

Pode informar-se melhor sobre esta invasora consultando o “Guia de Boas Práticas na destruição de ninhos Vespa velutina” do projeto GESVESPA, o “Plano de Ação para a vigilância e Controlo da Vespa velutina” elaborado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e páginas web como do ICNF, SPECO-invECO, GO-VESPA.

AMARES -
Papas de sarrabulho já podem ser saboreadas nos restaurantes de Amares

A tradição das papas de sarrabulho está bem viva no Concelho Amares. Não havendo festival, o prato começou a ser servido este sábado nos 16 restaurantes aderentes à iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Amares em parceria com a Associação Empresarial de Braga. Ao longos do meses de Fevereiro e Março, a iguaria pode por isso ser saboreada e acompanhada dos produtos da região. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira, «o evento das Papas é já uma marca deste Concelho, sendo que este ano faz 20 anos desde o seu início».

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