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OPINIÃO -
A Proteção Civil em Estado de Guerra

Artigo de João Ferreira

 

Quando tudo parecia estar encaminhado para superarmos uma das maiores batalhas da humanidade, eis que surge uma outra. Uma batalha que infelizmente custa e custará ainda muitas vidas a curto e longo prazo, uma guerra também esta global mas com um “inimigo” não microscópico.

Em Portugal, como actuaria a Proteção Civil em estado de exceção ou de guerra?

Segundo o artigo 59.º da Lei de Bases de Proteção Civil (na sua actual redação), “em estado de guerra, de sítio ou de emergência, as actividades de proteção civil e o funcionamento do sistema instituído pelo artigo 48.º (SIOPS) subordinam-se ao disposto na Lei da Defesa Nacional e na Lei sobre o Regime de Estado de Sítio e do Estado de Emergência”.

Na actualidade como está a proteção civil no apoio à Guerra na Ucrânia?

Segundo a Comissão Europeia, a resposta à guerra na Ucrânia foi, até à data, a maior operação levada a cabo ao abrigo do Mecanismo de Proteção Civil da UE.

Em fevereiro, a Comissão Europeia anunciou um apoio de 90 milhões de euros, sendo 85 milhões directamente para a Ucrânia e 5 milhões para a Moldávia com um reforço à posteriori de 3 milhões. Esta ajuda proporcionará alimentos, água, abrigos, cuidados de saúde contribuindo para cobrir as necessidades básicas no apoio aos refugiados.

Através do Mecanismo de Proteção Civil da UE já foram encaminhadas ofertas de 29 países, dos quais 27 Estados-Membros da UE. Entre estas ofertas contam-se caixas de primeiros socorros, vestuário de proteção, desinfectantes, tendas, equipamento de combate a incêndios, geradores de electricidade e bombas de água. 

Sendo a Moldávia o país que mais presta apoio aos refugiados, apoiada por vários países, a Comissão está igualmente a coordenar a assistência de proteção civil para que Polónia e Eslováquia possam também ajudar os refugiados.

Devido às necessidades, através das reservas médicas rescEU (criado em 2019, um sistema de apoio ao Mecanismo de Proteção Civil da UE) vai ser prestado um apoio que inclui ventiladores, monitores de sinais vitais, bombas de infusão, máscaras e vestuário de proteção, aparelhos de ultra-sons e dispositivos de oxigénio. A comissão ainda criou centros de logísticos de emergência de proteção civil na Polónia, Roménia e futuramente na Eslováquia. 

Recentemente, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) encaminhou o segundo envio de equipamentos para alojamento temporário de emergência de refugiados ucranianos com destino à Moldávia, em Chisinau. O camião, enviado ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, enviou meios para apoiar directamente 400 pessoas e ainda 1200 kits de higiene.

Uma guerra que estará para durar, pois a Ucrânia precisará, mesmo que a guerra termine hoje, ainda de muito tempo e apoio para voltar à “normalidade”.

OPINIÃO -
Caminhe…pela sua saúde!

Opinião de Pedro Santos Freitas

 

Com o aparecimento da pandemia Covid-19 e o confinamento decretado pelo governo, assistiu-se a uma mudança de hábitos dos portugueses – ficámos mais sedentários, começámos a beber mais álcool e a fazer menos exercício físico. 

Por outro lado, o fecho de negócios levou à perda de rendimentos e muitos foram os que começaram a ter uma alimentação menos saudável, o que contribuiu ainda mais para piorar a saúde da nossa população.

A Organização Mundial de Saúde informou que milhões de mortes a nível mundial podiam ser evitadas com mais exercício físico e recomendou 150 minutos de exercício moderado por semana. 

Está provado que, de todas as modificações que pode fazer no seu estilo de vida, fazer exercício físico é a intervenção que consegue melhorar mais a nossa saúde e a maneira mais fácil de o fazer poderá ser realizando caminhadas. 

A caminhada cumpre todos os propósitos da atividade física ao mesmo tempo que não implica um risco elevado de lesões e não é dispendiosa em termos económicos, é gratuita e não requer nenhum equipamento ou treino especial. 

Quais são então os benefícios que pode esperar se fizer caminhadas regularmente?

  1. Menor probabilidade de vir a ter cancro: num estudo que seguiu durante mais de 10 anos, em 750 mil pessoas, verificou-se que caminhar diminuiu a incidência de 7 tipos de cancro: Mama, Rim, Mieloma, Útero, Linfoma, Fígado e Intestino e observou-se que, quanto mais tempo se caminhasse, mais baixava a incidência de cancro.
  1. Melhorar o controlo de diabetes tipo 2: Quem caminha regularmente baixa o risco de vir a ter diabetes em 40%. Para quem é diabético, o exercício é benéfico pois vai estimular a produção de insulina e facilitar o seu transporte para as células. 
  1. Prevenir o excesso de peso: A caminhada pode queimar entre 300 e 400 calorias em 1 hora, sendo importante que seja praticada de forma regular para haver benefícios. 
  1. Fortalecer os seus músculos e prevenir as quedas: ao fazer caminhadas, melhora a força dos seus músculos e os seus ossos ficam mais fortes, o que, a longo prazo, pode ser importante para não ter uma fratura e não depender de ninguém para conseguir fazer as suas atividades. 
  1. Prevenir doença cardiovascular: caminhar fortalece o coração e aumenta a circulação sanguínea pelo corpo, ajudando a diminuir a probabilidade de vir a ter doenças do coração ou AVC. 
  1. Benefícios a nível mental, com a diminuição de sintomas de ansiedade e depressão: Mesmo uma caminhada tão curta quanto trinta minutos todos os dias, pode diminuir a sua frequência cardíaca e aliviar a sua ansiedade. O exercício físico liberta hormonas que o fazem sentir bem.
  1. Melhoria da qualidade do sono: vários estudos sugerem que uma simples caminhada durante o dia, melhora a qualidade do sono e diminui as insónias. 

8. Melhor memória: caminhar melhora a saúde do cérebro e o pensamento em pessoas                idosas com deficiências de memória, de acordo com alguns estudos. 

Por esta razão, o Centro de Saúde de Amares vai organizar, em maio, uma caminhada, de modo a consciencializar os nossos utentes para a necessidade de fazer exercício físico regularmente e todos estão convidados. 

Participe…pela sua saúde. 

REGIÃO -
Mário Rocha desafia visitantes a descobrir “Pedaços do Silêncio” em cada obra de arte

As obras de arte que completam a exposição “Pedaços do Silêncio” convidam cada visitante a «descobrir um bocadinho de si». Este foi o desafio deixado esta quinta-feira pelo artista plástico Mário Rocha, durante a inauguração da exposição que pode ser apreciada até ao dia 6 de Junho na Oficina Cultural do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Estas obras foram ainda «uma espécie de terapia» para Mário Rocha, que recentemente foi submetido a uma cirurgia após lhe ter sido diagnosticado um cancro.

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BRAGA -
Oficinas para crianças do Theatro Circo regressam em formato presencial

Estão de regresso de forma presencial as oficinas para crianças do Theatro Circo, desta feita sob o tema “Será um Vitral?”. Assim, após dois anos de “oficinas em casa” – formato que permitiu dar continuidade à actividade de serviço educativo em contexto pandémico – e em plenas férias de Páscoa, mais precisamente a 13 de Abril (das 10h00 às 13h00 e das 14h30-16h30) as crianças com idades compreendidas entre 6 e 12 anos estão convidadas a passar o dia no Theatro Circo e a dar asas à imaginação. A inscrição tem o valor de 10€ e pode ser efetuada online através do formulário disponível em www.theatrocirco.com.

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EDIÇÃO IMPRESSA -
Guerra atrasa obras em Amares e Terras de Bouro

Gerir orçamentos municipais é coisa a que os autarcas estão habituados. O que agora não esperavam era serem obrigados a pegar em papel e lápis para refazer as contas baralhadas por factores inesperados – a escassez de matérias-primas provocadas pela pandemia da Covid-19 e pelo agravamento «brutal» do preço da energia determinado pela guerra na Ucrânia.

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OPINIÃO -
Dia Mundial da Saúde Oral – 20 março 

A 20 de Março comemora-se o Dia Mundial da Saúde Oral, uma iniciativa da World Dental Federation. As doenças orais encontram-se entre as doenças crónicas mais comuns a nível mundial. Noventa por cento da população mundial está em risco de algum tipo de distúrbio a nível oral, desde lesões de cárie a doenças peridontais a cancro oral.

A nível da população infantil e juvenil, as doenças orais constituem um dos principais problemas de saúde. Para as famílias, é relevante o impacto socioeconómico devido ao custo do tratamento. A cárie dentária (destruição progressiva da estrutura dentária) e a doença periodontal (destruição dos tecidos que ligam o dente ao osso) são as doenças bacterianas mais frequentes na cavidade oral.

A colonização das bactérias pode ocorrer numa fase muito precoce da vida, por isso a higienização oral (escovagem) deve ter início antes da erupção dos primeiros dentes passando a sua frequência para duas vezes por dia (pelo menos) após a erupção dos primeiros dentes.

Uma boca saudável é fundamental para a saúde em geral. Lábios cuidados, dentição completa, gengiva, ossos sãos e uma oclusão equilibrada permitem uma boa estética e boas funções de fonação, mastigação e mímica facial.

Face à necessidade de aumentar o número de crianças livres de cárie aos 6 anos e efetuar o tratamento das lesões de cárie existentes, o mais precocemente possível o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral da DGS, através da Norma nº 001/2022 de 24/02/2022 vem implementar uma nova estratégia em saúde infantil que permite antecipar a intervenção, criando uma coorte aos 4 anos, cuja estratégia de intervenção é a seguinte:

As crianças que até 31 de dezembro de cada ano perfazem os 4 anos, podem ter acesso a uma referenciação para higienista oral ou a cheque-dentista, para tratamentos preventivos e curativos emitida pelo médico de família na consulta de saúde infantil e juvenil no Centro de Saúde – Unidade de saúde onde se encontra inscrito.

O médico de família do SNS, para as crianças que não apresentarem lesões de cárie em dentes decíduos (primeiros dentes) e nos locais que disponha de higienista oral procede à emissão de uma referenciação para a consulta do higienista oral (fig. 3). Nessa consulta o profissional de saúde, para além do ensino e reforço das questões relacionadas com a higiene oral e alimentação, deverá proceder à aplicação de selantes de fissuras em molares decíduos e vernizes de flúor nas superfícies lisas.

Na consulta de higiene oral caso seja detetada lesão de cárie em dentes decíduos, o higienista oral deverá dar ao assistente técnico indicação para a emissão de um cheque dentista.

Vamos unir-nos para sensibilizar, melhorar a educação e estimular a ação pessoal e coletiva sobre a importância da saúde oral! 

 Assim, solicitamos a todos que colaborem para ajudar a acabar com este problema que é a cárie dentária e ter uma boa saúde oral.

Informe-se junto da sua Unidade de Saúde.

 

Fonte

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral Estratégia dos 2 aos 6 anos / SOCJ 4 anos