Podemos caraterizar liberdade como um direito e uma forma de agir em conformidade com o nosso pensamento, um modo de agir, sem restrições, constrangimentos, de forma livre, procurando atuar em consonância com as ideias, sentimentos e expressões físicas, mentais e emocionais do ser humano.
A construção da liberdade implica, agir de acordo com a autodeterminação individual e coletiva, como um povo ou nação, todavia, para que isso aconteça é necessário, a permissão, a tolerância, a abertura, a aceitação pela diferença, a promoção da liberdade de ação, expressão, mas também justiça, equidade e respeito pela liberdade dos outros ou por outras palavras, a definição da legislação, para que a prática seja uma realidade.
Antes do 25 de abril de 1974 não era permitido, turmas mistas nas escolas, liberdade de expressão, direito de votar, as enfermeiras, telefonistas e hospedeiras da TAP não se podiam casar, não era permitido reunir para discutir ideias politicas, não era permitido festejar o dia do trabalhador, aspetos que demonstravam que não vivíamos em liberdade.
Hoje, 48 anos depois, ainda estamos a construir aquilo que denomina como liberdade, com grandes desafios e obstáculos para que Portugal seja verdadeiramente, um país livre. Os principais desafios da prática da liberdade e democracia, são a busca constante da meritocracia ao serviço da “gestão da coisa pública” em vez da “gestão da influência politico partidária”, onde na maior parte das vezes, se verifica a defesa dos interesses individuais ou de grupos, em vez do bem comum e da sociedade.
A promoção da ética e do respeito da pessoa humana, independentemente, origem, condição ou orientação e sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião ou de outra natureza, origem, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição, pois só desta forma, teremos uma sociedade livre.
O combate à corrupção, que deve ser uma prática constante, procurando incentivar, educar e motivar as pessoas para a promoção do trabalho, do mérito, da competência individual, em vez da utilização da influencia e da “cunha”, fator que não contribui para uma sociedade justa e equitativa.
A renovação do sistema de justiça que tem vários e sérios problemas, como por exemplo, a desigualdade de tratamento entre cidadãos, sendo (“fraca” com alguns e “forte” com os fracos), a morosidade e a desadequação da mesma face aos novos problemas da sociedade portuguesa.
O incentivo ao crescimento económico e promoção da iniciativa empresarial, através do apoio ao empreendedorismo, através da criação de condições físicas, económicas e sociais favoráveis à produção de produtos e serviços portugueses, bem como, a promoção do bem estar, contribuindo, para o pleno emprego, bem como, para uma sociedade em constante mudança.