Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

AMARES -
CEM organiza videoconferência “Fradique Mendes: um heterónimo itinerante em busca do Modernismo” a 10 de Fevereiro

No âmbito das suas actividades científico-culturais, o Centro de Estudos Mirandinos irá realizar no dia 10 de Fevereiro, pelas 21h00, a videoconferência intitulada “Fradique Mendes: um heterónimo itinerante em busca do Modernismo”, proferida por Cristina Petrescu (Professora colaboradora na Universidade “Babeș-Bolyai” de Cluj-Napoca, Roménia).

Ler mais

OPINIÃO -
Os homens e as tendas

Artigo de Marco Alves

 

Hoje as tendas são uma peça essencial de equipamento para qualquer tipo de viagem contínua leve, seja para caminhadas ou campismo. Em todo o mundo, as tendas são usadas para abrigar exércitos, proteger campistas ou manter os alpinistas aquecidos e, geralmente, ajudam no conforto e sobrevivência. Também existe casos onde as tendas são usadas, e não por uma questão de escolha e identidade cultural, mas por necessidade geradas por problemas sociais, económicos e políticos, que podemos constatar em várias partes do mundo.

Nelson Pereira, Diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de São João, foi figura central no combate à Covid-19. Esteve presente em vários cenários de guerra e catástrofe. A 7 de março de 2020, o Hospital de São João espantava o país com a montagem de uma tenda de campanha, foi o dia zero de uma grande mudança. “A maior parte das pessoas não estava a ver além e, no momento, não perceberam. Bastaram 3 ou 4 dias para perceberem. A tenda no Hospital de São João, acabou por ser uma imagem de marca da pandemia”, refere Nelson Pereira no seu livro o Homem da Tenda.

Ainda antes da pandemia, o professor Moreira foi pioneiro na montagem de tendas por Amares. Por falta de condições no pavilhão escolar, o festival das Papas de Sarrabulho 2019 foi direcionado para uma tenda instalada próximo do mercado municipal. Um festival de referência na gastronomia portuguesa e maior evento do concelho não superou as expectativas comparativamente aos anos anteriores. Desde 2021 que o festival não se realiza devido a covid-19. Esperemos em 2023 o regresso ao seu formato original e desejado aumento de visitantes. O ano terminou também com uma tenda montada no âmbito da época festiva, infelizmente ficou aquém de agradar os amarenses. Fomos salvos pela “Casa do Pai Natal”.

Efetivamente, não devemos apontar as armas somente ao atual edil, os anos passam, os autarcas mudam e o concelho continua sem infraestruturas essenciais. Amares carece há muito tempo de um pavilhão multiusos, um recinto para eventos desportivos, feiras, exposições, conferências, eventos culturais e espaços técnicos adequados às diferentes funções.  Sendo uma oportunidade para centralizar alguns eventos da região, com retorno económico.

Não concentrem a revisão do Plano Diretor Municipal somente para a construção do campo de golfe, estimulem a revisão para incluir num futuro próximo o multiusos. Uma obra ímpar de enorme interesse para o concelho que deixaria uma imagem de marca… executiva.

É hora de receber o Ano Novo

Com alegria e esperança no coração.

De deixar o ruim no passado,

E abraçar o futuro com otimismo.