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OPINIÃO -
A relevância da humanização do marketing

Por Manuel Sousa Pereira

O conceito e a implementação das estratégias de marketing têm evoluído ao longo dos tempos procurando adaptar-se às mudanças da sociedade, na tecnologia e no comportamento do consumidor. Podemos enumerar algumas das principais etapas do marketing:

Como primeira fase, caracterizado pelo marketing tradicional (até 1950 do século passado) voltado para a produção em massa e comunicação unidirecional, onde as empresas concentravam-se em produzir e implementar estratégias de promover e divulgar produtos nos meios tradicionais como a televisão e anúncios impressos.

A segunda fase pode-se caracterizar como a era da informação (décadas de 1950 a 1990) com a disseminação da informação as empresas começaram a segmentar os mercados através de estudos de mercado, análises ao comportamento do consumidor, análises de dados de clientes para melhor compreender as suas necessidades. Simultaneamente, assiste-se a uma “desmassificação” da informação com revistas especializadas nos diversos segmentos de clientes, interesses, desejos e motivações.

Na terceira fase caracterizada pelo marketing de relacionamento e marketing digital (década de 1990 para a frente) com a evolução da internet e com a exigência dos consumidores, o relacionamento e a comunicação bidirecional passou a assumir muita importância para fidelização dos clientes. Estratégias como SEO (otimização de mecanismos de busca), marketing de conteúdo, redes sociais e publicidade online, passaram a fazer parte fundamental nas estratégias de marketing digital.

Numa quarta fase verificamos a fase do marketing de conteúdo (década de 2010 em diante) em que a criação de conteúdo (blogs, vídeos, podcasts, redes sociais) para atrair e envolver os consumidores assume importância, na medida em que é através do conteúdo que se consegue captar a atenção, despertar o interesse, levar ao desejo e à aquisição dos produtos ou serviços.

Na quinta fase podemos caracterizar por Marketing de Inteligência Artificial (década de 2020 para a frente) permitindo o uso da tecnologia ao serviço das estratégias de marketing, com a automação de processos, personalização, análise de grande quantidade de dados, chatbots para atendimento aos clientes, etc…

Na sexta fase e na atualidade vive-se a relevância da sustentabilidade, da humanização da constante preocupação sobre as questões sociais, ambientais, ecológicas, a implementação de práticas éticas, responsáveis e humanizadas. Nesta fase, a abordagem do marketing centra-se, cada vez mais, na criação de conexões autênticas, genuínas e verdadeiras com os clientes, numa relação humana, tratando-os como ser únicos e valorizando as emoções, experiências, valores e expectativas, procurando estabelecer relações duradouras e alinhadas com os seus reais interesses e motivações, que simultaneamente, devem estar sempre em consonância com a sustentabilidade e o futuro da humanidade.

OPINIÃO -
O Luto

Por Hélder Araújo Neto
(Psicólogo)

A experiência do luto faz parte da condição humana. Todos nós, em algum momento das nossas vidas, deparámo-nos com a perda de alguém ou algo que valorizamos profundamente. O luto é uma jornada emocional complexa, que envolve uma série de estágios e desafios, mas também pode ser um processo de crescimento pessoal e de transformação. Neste artigo, exploraremos o luto, nas suas várias dimensões, discutindo as suas fases, o seu impacto na saúde mental, e as estratégias para enfrentá-lo.

O luto é uma resposta natural à perda. Pode manifestar-se de várias formas, desde a tristeza intensa até sentimentos de raiva, culpa, confusão e, até mesmo, alívio. A experiência do luto é idiossincrática, altamente individual, variando de pessoa para pessoa, e não há um “caminho certo” para vivenciá-lo.

É comummente aceite que existem cinco estágios principais do luto: negação, raiva, desespero/negociação, depressão e aceitação. Embora esses estágios sejam frequentemente citados, é importante notar que o luto não é um processo linear. As pessoas podem experimentar essas fases em diferentes ordens e voltar a estágios anteriores antes de seguir em frente.

Negação: no início, muitas pessoas têm dificuldade em acreditar que a perda ocorreu. Pode ser difícil aceitar a realidade da situação.

Raiva: à medida que a realidade se impõe, a raiva é uma reação comum. As pessoas questionam-se, frequentemente, porque é que isso aconteceu, ou sentem raiva da injustiça da perda.

Desespero/negociação: algumas pessoas fazem promessas ou tentam negociar com uma força superior, num esforço para recuperar o que foi perdido. Predispõem-se a fazer tudo o que for preciso para que tudo volte a ser como antes.

Depressão: à medida que a negação, a raiva e o desespero diminuem, a tristeza profunda pode instalar-se. É neste momento que a pessoa começa a enfrentar a realidade da perda.

Aceitação: finalmente, a pessoa começa a aceitar a perda e a encontrar formas de seguir em frente com a vida, embora a dor possa persistir. Reorganiza o que foi desleixado, reorganiza o eventual caos.

Assim, o luto pode ter um impacto significativo na saúde mental. Muitas vezes, as pessoas experimentam sintomas de depressão, ansiedade e até mesmo transtorno de “stress” pós-traumático (PSPT). É importante procurar apoio e ajuda profissional quando o luto se torna patológico, avassalador, e interfere na capacidade de funcionar no dia a dia.

Embora o luto seja um processo doloroso, muitas pessoas relatam que também pode ser uma oportunidade de crescimento pessoal. Passar por uma experiência de perda pode levar a uma maior apreciação da vida, ao aumento da resiliência emocional e a uma perspetiva mais profunda sobre o significado da existência. Algumas pessoas envolvem-se em atividades, como grupos de apoio ou em expressões criativas, para ajudar na recuperação e no crescimento. O mais importante é lembrar que o luto é uma parte normal da vida e que, com o tempo e o apoio adequado, é possível encontrar o caminho para a aceitação e a cura.

AMARES -
Biblioteca de Amares acolhe formação sobre ‘Como gerir o meu restaurante’

A Biblioteca Municipal de Amares – Francisco Sá de Miranda acolhe, a partir de 20 de outubro, a formação sobre o tema ‘Como gerir o meu restaurante – ferramentas hard e soft’. Esta é uma formação dirigida, essencialmente, a profissionais e decorrerá às sextas-feiras, das 15h00 às 18h00. Tem duração de 18 horas (presencial).

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