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REGIÃO -
CIM Cávado contesta saída de helicóptero de Braga e questiona “eficácia do ataque inicial” a incêndios no Gerês

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado pediu, esta segunda-feira, clarificação sobre a eventual deslocalização de um helicóptero bombardeiro ligeiro, de Braga para Famalicão, no novo dispositivo de combate a incêndios.

“Foi com absoluta e total estupefação que a CIM Cávado e os Municípios seus associados tomaram conhecimento da decisão da deslocalização do Helicóptero Bombardeiro Ligeiro, previsto para o Centro de Meios Aéreos de Braga, para o Centro de Meios Aéreos de Vila Nova de Famalicão”, refere o organismo.

Em comunicado, a CIM do Cávado assinala que “esta deslocalização interfere directamente com o raio de actuação, dos 40 km para o ataque inicial, no município de Esposende, mas sobretudo nos que estão localizados a norte da NUTS III Cávado em particular nas freguesias de Vila Verde e Terras de Bouro”.

“Estes municípios apresentam áreas extensas com susceptibilidade e perigosidade de incêndio rural elevado, e propícias a incêndios de grandes dimensões, o que contraria a meta do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, que pretende reduzir a percentagem dos incêndios com mais de 500ha, abaixo de 0,3% do total de incêndios”, defende.

No texto, a CIM acrescenta que, “na sequência da informação obtida, surge ainda a preocupação na vertente da conservação da natureza e biodiversidade, quanto à eficácia do ataque inicial em ocorrências nas freguesias inseridas no Parque Nacional da Peneda-Gerês e Reserva da Biosfera, que ficarão desprotegidas”.

“Com o histórico do número de ocorrências no território da NUTS III Cávado, o Conselho Intermunicipal da CIM Cávado deliberou por unanimidade, requerer diversos esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna, Secretaria de Estado da Proteção Civil e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”, sublinha.

O texto conclui dizendo que, “considerando a importância de matéria em causa, foram instados a pronunciarem-se o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte”.

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