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PS Amares “aponta o dedo” à Câmara. «Descontrolo total em matéria de gestão de recursos humanos»

O PS Amares emitiu esta sexta-feira uma nota de imprensa onde critica o «descontrolo total a que está votado o Município em matéria de gestão de recursos humanos». O assunto esteve em discussão na última reunião do executivo municipal – na passada quarta-feira, 14 de Junho – conforme o “OAmarense” noticiou, tendo os socialistas, aquando da votação da proposta do Executivo Municipal de uma alteração ao Mapa de Pessoal para o ano de 2023, votado contra.

Em comunicado, o PS Amares escreve que «na última reunião de Câmara foi proposta mais uma revisão do Mapa de Pessoal – já a segunda este ano de 2023 – onde ficou evidente o descontrolo total a que está votado o Município em matéria de gestão de recursos humanos», acrescentando e justificando a tomada de posição: «Apresentada uma proposta de aumento de cinco postos de trabalho de Assistentes Operacionais e um fiscal e a quantidade de incoerências, dúvidas e faltas de esclarecimento quanto ao Mapa de Pessoal levou os vereadores do PS a votar contra a revisão proposta».

Mais à frente, os socialistas vincam que «mesmo que seja insistentemente negado pelo presidente e pela coligação PSD/CDS, a verdade é que a estrutura de recursos humanos tem vindo a crescer sem organização desde 2016. Mesmo tendo em conta os cerca de 80 funcionários/colaboradores que o Município herdou no âmbito da delegação de competências nas áreas social, educação e saúde, nos anos de 2022 e 2023, a verdade é que o crescimento do mapa foi exponencial e preocupante. São mais 118 postos de trabalho em dois anos».

«NUNCA É APRESENTADA A DEVIDA EXPLICAÇÃO DAS NECESSIDADES DE CONTRATAÇÃO»

Indo um pouco mais longe, o PS Amares refere mesmo que «os mapas de recursos humanos vão sendo revistos e nunca nos é apresentada a devida explicação das necessidades de contratação, muito menos dos impactos financeiros que tais revisões implicam. Sabemos apenas que actualmente o Município tem responsabilidades com pessoal de mais de 5,5 milhões de euros por ano, num crescimento que também não tem parado, ano após ano. Acresce o facto de o Presidente não ter conseguido explicar as dúvidas que o mapa apresenta, no que concerne às 18 vagas por preencher, nomeadamente quanto à sua especialização técnica. Ficou por esclarecer porque tem o Município uma vaga por preencher para um(a) designer de produto, outra para um(a) jurista, e outra para um(a) psicólogo(a), a título de exemplo. Fica por explicar como são organizados os 76 técnicos superiores que hoje compõem o quadro de pessoal do Município».

«AMPLIAÇÃO DO MAPA DE PESSOAL NÃO PARECE ESTAR REFLECTIDA NUM MELHOR ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO»

Deixando mais algumas críticas, os socialistas denotam que «o mais importante» é o facto do Município ter «serviços que não funcionam por falta de recursos e entretanto vai contratando fora de portas trabalhos que não consegue realizar, por falta desses mesmos recursos».

«É evidente o contrasenso na situação actual da Câmara Municipal, pois observamos um aumento constante no número de funcionários, um crescente investimento em serviços especializados e, paradoxalmente, um aumento nas queixas relacionadas com a demora na resposta dos serviços. Essa conjuntura contraditória levanta questões sobre a eficiência e a gestão adequada dos recursos, uma vez que a ampliação do mapa de pessoal não parece estar reflectida num melhor atendimento às necessidades da população», dizem, concluindo: «Exigimos ao Presidente da Câmara que organize a casa e valorize a carreira dos actuais trabalhadores da Câmara Municipal. É urgente parar com as contratações sem critério e sem especialização verdadeiramente diagnosticada».

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