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OPINIÃO

OPINIÃO -
Populares e populistas

Artigo de Marco Alves

 

Há dias abriu-se a genérica e habitual birra, em formato para crianças, entre os dois principais partidos políticos representativos do município amarense, o PSD e o PS. De facto, este último mandato do atual presidente já vai a meio e o fumo branco ainda não saiu da chaminé da câmara municipal. As ardilosas e cabais promessas da campanha eleitoral continuam também sendo desenhadas e redesenhadas naquelas típicas sebentas de merceeiro de outros tempos.

Uma birra desnecessária em torno do número total de funcionários que o município possui. De um lado dizem ser 334, do outro diz ser 301. Que importa esta proporção à generalidade da população residente em Amares?

Efetivamente, a entrada em vigor da transferências de competências para os municípios refletiu-se num aumento expressivo de colaboradores e respetivas despesas para os municípios.

Quem assistiu às comemorações do 25 abril sabe perfeitamente que um conjunto de funcionários do município foram distinguidos pela longevidade de serviço à comunidade. Sabe de igual forma que nos próximos anos e até ao final deste mandato outros tantos colaboradores entram na aposentação. Preparar, desenvolver ferramentas, métodos e planear ações de formação de curto e médio prazo para os jovens do concelho a fim de evitar migrações para outras localidades e ocupar os lugares deixados pelos futuros aposentados seria uma boa forma para o concelho crescer e desenvolver familiarmente.

Não seria importante e relevante para a população saber que todos serviços sob alçada municipal funcionam de forma rápida, menos burocrática, com eficiência e a fim de evitar prejuízos maiores?

Toda a gestão de um município deve ser fundamentalmente efetuada com ética, com princípios onde a transparência deverá ser figura maior e central em prol de todos os munícipes. Ao longo dos últimos anos, a transparência desvanecia-se a olhos vistos sem qualquer destreza política partidária de mudar o rumo.

Algumas das questões mais importantes do concelho continuam a pairar na dúvida. O campo da feira, as Termas de Caldelas, o campo de golfe, o PDM, como vão ficar, quando vão ficar a funcionar e mais importante quanto mais vai exceder em termos de despesa ao município?

Vai ser um verão quente, não politicamente, até porque ambos os partidos terão que encontrar e preparar o candidato para vencer a câmara daqui a sensivelmente dois anos. Certamente, as manobras e movimentações políticas internas já circulam pelo terreno, auscultando e apalpando de leve os populares das freguesias na tentativa frenética para descortinar qual o individuo mais populista entre os fregueses.

“Quem em julho ara e fia, ouro cria.”

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