A partir do dia 20 de agosto, quando o estatuto dos ex-combatentes faz três anos, vão iniciar uma greve de fome junto ao Palácio de Belém, em Lisboa. Os ex-combatentes exigem o reconhecimento do Estatuto de Combatente para os ex-militares que estiveram em Timor, um subsídio mensal de 60 euros para todos os antigos combatentes e o acesso ao hospital militar.
Reunidos em manifestação no Porto, este sábado, os ex-militares denunciaram ainda que cerca de 136 mil cartões de ex-combatentes estão retidos no Ministério da Defesa, que é incapaz de devolver os cartões aos antigos militares.
António Silva, membro do movimento pró Dignidade do Estatuto do Combatente, classifica a situação como muito grave. «Quem não tem o cartão, tem de pagar taxas moderadoras e não beneficia do passe intermodal nos transportes públicos», explica.
Deste modo, face à «situação insustentável», prometem iniciar uma greve de fome, em meados de agosto, junto ao Palácio de Belém e esperam ser recebidos pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Falam em situação «miserável: muitos combatentes têm reformas de 300 euros e quando vão à farmácia têm de comprar a medicação do seu bolso, alguns cheios de traumas da guerra».