“O novo ano lectivo arrancou, mas sem solução para velhos problemas”. Esta a conclusão a que chegou o vereador do PCP na Câmara de Braga após um encontro com Margarida Isaías, presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). Um “velho problema”, diz, é o “subfinanciamento” do ensino superior.
Acompanhado por António Joaquim, da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, Vítor Rodrigues assumiu o compromisso de pugnar pela “dignificação das condições de frequência do ensino superior, nomeadamente “as que se prendem com as da quantidade e qualidade do alojamento para os estudantes, a preços comportáveis”.
Garantiu ainda a Margarida Isaías que o partido está empenhado nas lutas pelo “carácter público, universal e gratuito” do ensino superior e contra o seu subfinanciamento, como acontece na acção social, “o que tem conduzido ao aumento dos preços na alimentação, alojamento e actividades desportivas”.
Os “inadmissíveis atrasos no pagamento das bolsas, que em alguns casos apenas chegam no final do ano lectivo” e o “aumento dos pedidos de ajuda por parte de estudantes nacionais e internacionais para fazer face às exigências económicas da frequência do ensino superior” foram igualmente abordados.
A mobilidade foi também uma das matérias que constou da agenda do encontro com Margarida Isaías.
“Quanto à mobilidade dos estudantes, que assume particular importância no contexto da Universidade do Minho decorrente da existência dos dois campus em Braga e Guimarães, mantém-se a inexistência de uma solução pública e articulada entre os municípios para os transportes públicos entre os dois polos, com cobertura suficiente para o número de potenciais utilizadores, e com horários compatíveis com os das atividades académicas”, refere Vítor Rodrigues, já em nota ao PressMinho.
No que respeita à mobilidade, o comunista conclui que “a melhor solução de mobilidade disponível “ainda é a proporcionada pela Associação Académica da Universidade do Minho”.
“Exige-se aos municípios da CIM Cávado a implementação de uma solução pública gratuita para os estudantes nesta ligação entre os dois campus”, afirma.
No encontro foram ainda analisados os constrangimentos decorrentes da “diminuição sistemática” do financiamento das associações académicas e demais estruturas do movimento estudantil, “o que coloca em causa, entre outros aspectos, o alcance do trabalho de intervenção cultural e desportiva deste movimento associativo”.
No final do encontro, a delegação do PCP assumiu o compromissivo de levar as questões abordadas aos órgãos municipais – Executivo e Assembleia Municipal – mas também à Assembleia da República.