O encontro científico comemorativo dos 20 anos da Associação Portuguesa de Estudos Franceses (APEF), sob a temática “Mutations et identité(s) dans la littérature contemporaine en français (d’)après Annie Ernaux”, reuniu, em Amares, mais de três dezenas de académicos e investigadores oriundos de diversas proveniências, com particular destaque para França.
Durante dois dias, os trabalhos centraram-se não só no estudo de Annie Ernaux – prémio Nobel da Literatura 2022, que fez questão de endereçar uma mensagem de agradecimento aos organizadores do evento e ao município de Amares – mas também incidiram sobre literatura e questões sociais ligadas à criação romanesca.
A iniciativa resultou de uma parceria conjunta entre o Centro de Estudos Mirandinos, a Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda, o Instituto de Literatura Comparada Margarida Llosa, da Universidade do Porto, e o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, além da APEF.
Para a vice-presidente do Município de Amares, “este foi um evento de extrema riqueza científica e cultural que muito dignificou o concelho e que foi muito apreciado por todos os participantes”.
Cidália Abreu mostrou-se “muito satisfeita” por Amares ter sido o ponto de encontro para este colóquio e louvou “a forma excelente” como os empresários do setor do turismo do concelho acolheram os participantes”.
Segundo Sérgio Guimarães de Sousa, director do CEM, “Amares conseguiu, ao trazer para cá este evento, colocar-se, talvez pela primeira vez, no mapa global do conhecimento e das reuniões científicas internacionais”.
“Este encontro poderia ter sido realizado na Universidade do Minho ou na Universidade do Porto ou mesmo noutra universidade do país. No entanto, aconteceu, e bem, na Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda, envolvendo intervenientes de superior qualidade científica e de grande prestígio internacional. E isso só projecta e enobrece Amares”, frisou.
