O vereador da CDU na Câmara de Braga defende que o projecto Supera-T, dedicado ao apoio às pontas lectivas de crianças com necessidades específicas, deve ser deslocado para um local que reúna “melhores condições” e garanta “uma resposta aberta a outras crianças, ditas neurotípicas, promovendo a inclusão, à semelhança do que o município faz nos programas de férias IncluIR+”.
Em nota ao PressMinho, Vítor Rodrigues, que visitou as instalações provisórias onde funciona o Supera-T, na companhia da deputada municipal Sandra Cardoso, afirma ainda que a visita “confirmou algumas das inquietações levantadas pelos pais e pela CDU, nomeadamente quanto às condições do espaço e quanto ao carácter inclusivo do projecto”.
Relativamente aos preços praticados, o autarca do PCP, referindo que “podem ascender aos 160euros/mês,” afirma que “os considera elevados e que desencorajam a adesão ao projecto por parte de muitos pais”.
Na nota, Vítor Rodrigues reitera que o projecto Supera-T “deve ser uma solução o mais inclusiva possível, o que passará pela sua implementação em instalações escolares ou outros ATL (já em funcionamento e dinamizados por IPSS ou juntas de freguesia) com o apoio da Câmara, promovendo a convivência e integração de todas as crianças”.
Finaliza com uma palavra para os pais. Considera que “o processo de luta desenvolvido pelos pais e as vicissitudes que a construção de uma solução inclusiva em Braga tem vindo a revelar, demonstra que ausência de respostas” para as famílias com crianças com necessidades especificas “resulta de uma insuficiência do sistema educativo” e “reclama medidas com abrangência nacional que o governo do PS e sucessivos governos PS, PSD e CDS não concretizaram”.