O dstgroup, de Braga, vai levar escritores portugueses às livrarias “que ainda sobrevivem” nas cidades de todo o país, para aí lerem contos das suas obras.
Em comunicado, o dstgroup refere que, durante uma temporada do projeto “dst – vivos nas livrarias”, serão levados 22 escritores e 11 moderadores a diferentes livrarias independentes.
“De Braga a Évora, do Algarve à Beira Interior, haverá leituras de diferentes contistas a provar que o conto, afinal, é um género maior”, acrescenta.
As primeiras sessões avançam já a 04 e a 08 de Novembro, na livraria Centésima Página, em Braga, com participações de Rui Manuel Amaral e Ana Cláudia Santos, respectivamente.
“Queremos fundar uma tradição com a leitura de contos em público, a par do que já vai acontecendo noutros países como o Reino Unido, a Alemanha e os Estados Unidos, onde os escritores leem regularmente as suas obras em público. Esta é uma oportunidade de a literatura se cruzar também com a cidade, de o íntimo se cruzar com o público e de as palavras ganharem um movimento novo, maior, partilhável”, assegura o curador da iniciativa, Jacinto Lucas Pires.
Com esta iniciativa, o dstgroup quer “fundar uma tradição de leituras públicas” em Portugal, ao mesmo tempo que apoia escritores e a livrarias independentes, “contribuindo, assim, para a descentralização da cultura”.
A iniciativa também surge como uma possibilidade de os escritores darem a conhecer o que escrevem, na primeira pessoa, “sendo que, do lado dos leitores, é uma oportunidade única de conhecerem a voz por trás da escrita, da história e dos personagens”.
A nossa iniciativa pretende apoiar estas livrarias, que ainda sobrevivem, num mundo cada vez mais digital”, refere José Teixeira, presidente do dstgroup.
O projeto será dinamizado no âmbito do primeiro Festival Literário da cidade de Braga, o Utopia, que vai decorrer de 02 a 12 de novembro e que inclui conversas, espetáculos, ‘workshops’, sessões com escolas, oficinas, entrevistas, exposições e passeios literários.