A Concelhia de Famalicão do PAN quer que a Câmara Municipal proceda à elaboração de uma estratégia de despoluição dos rios e ribeiras do concelho, “em especial do rio Pelhe”.
A recomendação ao presidente da autarquia, o social-democrata Mário Passos, é justificada pela porta-voz do partido, Sandra Pimenta, por o projecto autárquico de reabilitação das margens do rio Pelhe, “ficar muito aquém dos mínimos” quando existe “um problema maior” que são as descargas poluentes “bastantes frequentes” para “os nossos rios e ribeiras”.
“Este projecto anunciado com tanta pompa e circunstância, que mais não é que uma tentativa desesperada de ‘limpar’ a imagem nada ambientalista deste executivo, cai por terra quando recebemos continuamente denúncias de descargas que literalmente matam os nossos meios hídricos”, diz Sandra Pimenta, em comunicado.
O Pessoas-Animais-Natureza entende que, para manter “os rios vivos”, se “torna cada vez mais urgente proceder à elaboração de estratégias de curto e médio prazo assente num trabalho conjunto quer a nível local, com as várias entidades e associações, quer a nível intermunicipal, para que se recupere não só as margens, mas essencialmente que se garanta a não poluição dos nossos rios”.
Para o partido, o investimento que ocorreu na reabilitação das margens do Pelhe “não basta”.
“Acresce que nos dias de feira a quantidade de plástico que é deixado no recinto é elevada, e mesmo com a limpeza efetuada no fim do dia, o rio Pelhe acaba por ser alvo de inúmeros plásticos, algo que se revela muito negativo, pelos fatores já conhecidos”, denuncia a responsável.
INTERVIR NO RIO AVE
É neste contexto, que a Concelhia do PAN propôs à Câmara Municipal “a criação de um programa de recuperação do rio Pelhe, das ribeiras e riachos famalicenses, procedendo à identificação dos focos de poluição e criando uma estratégia de despoluição em todo curso dos mesmos”.
Paralelamente pretende que a autarquia coloque, “estrategicamente, barreiras físicas/filtros de lixo, nomeadamente junto ao recinto da feira, salvaguardando a passagem de peixes ou outros animais aquáticos, por forma a garantir que qualquer resíduo sólido fique retido e possa posteriormente ser removido”.
O PAN desafia, ainda, a maioria PSD/CDS “a tomar a iniciativa de desenvolver uma estratégia intermunicipal para a reabilitação e recuperação do rio Ave, através da realização de um protocolo entre os municípios que direta ou indiretamente têm competências na zona hidrográfica do Ave e afluentes”.
Foto: Vila Nova
