Um estudo recente da Associação Internacional Gallup em 45 países revelou uma tendência global de relutância em participar em conflitos armados. De acordo com os resultados, a maioria das pessoas em todo o mundo (52%) não está disposta a lutar pelo seu país em caso de guerra.
Em Portugal, 39% dos inquiridos dizem que iriam para a guerra pelo seu país, contra 37% que disseram que não e 24% que não sabem ou não responderam.
O estudo apontou que a recusa em participar em guerras é particularmente proeminente em nove países, onde mais de 50% dos entrevistados se mostraram contrários à ideia de ir lutar pelo seu país. Esses países incluem Itália, Áustria, Alemanha, Nigéria, Macedónia do Norte, Japão, Sérvia e Reino Unido, entre outros.
Os resultados também destacaram a situação na Rússia e na Ucrânia, actualmente em conflito desde 24 de Fevereiro de 2022. Enquanto 32% dos russos afirmaram estar dispostos a lutar pelo seu país (27%a menos do que há uma década), na Ucrânia, 62% indicaram que estariam dispostos a fazê-lo.
A disposição para defender a pátria em caso de guerra variou significativamente por país. Por exemplo, cidadãos da Arménia (96%), Arábia Saudita (94%) e Azerbaijão (88%) mostraram-se mais propensos a defender o seu país nessas circunstâncias.
O estudo revelou ainda diferenças com base no sexo e na idade. Cerca de 59% dos homens afirmaram estar dispostos a lutar, em comparação com 45% das mulheres. Além disso, os entrevistados mais jovens (entre 18 e 24 anos) demonstraram uma maior propensão (58%) em relação aos mais velhos (43%), com mais de 65 anos.