Catarina Martins desafiou, esta quinta-feira, Ursula von der Leyen a falar sobre o “genocídio” em Gaza, horas depois de ser conhecida a morte de mais 37 pessoas na sequência de um ataque israelita que atingiu uma escola da ONU para os refugiados palestinianos.
Lembrando que Ursula von der Leyen, presente na campanha da AD, “é a presidente da Comissão Europeia que mantém um contrato de associação com Israel”, o país que “está a provocar um genocídio em Gaza”, a cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda às Europeias deixou uma critica: “Nós ainda não ouvimos uma palavra da presidente da Comissão Europeia de condenação e de sanções a Israel, que é fundamental.”
Falando na Feira Semanal de Barcelos, Catarina Martins lembrou que “a legislação a que a União Europeia se obrigou a si própria em tratados internacionais obriga a que haja sanções e obriga a que haja embargo do envio de armas quando estamos perante crimes de guerra e genocídio”.
Neste contexto, a manutenção do contrato de associação com Israel “deve fazer pensar sobre quem está ao lado de von der Leyen hoje e se defende ou não a paz e os direitos humanos”.
Por outro lado, von der Leyen é representante do projecto europeu “que está a negociar com sectores vastos da direita e mesmo da extrema direita e que tem como opção retirar os fundos europeus que têm servido para áreas tão fundamentais como a saúde ou a educação para financiar a indústria de armamento alemã que está a dar armas ao genocida israelita Netanyahu”, apontou.
“Hoje é bom dia para se perceber quem é que está do lado dos direitos humanos, das condições concretas de vida das pessoas ou quem, pelo contrário, só quer mais guerra e querem empobrecer a Europa”, concluiu.