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BRAGA -
Centro de Acolhimento de Braga pretende dar resposta ‘imediata e não permanente’ à população migrante

A Câmara de Braga apresentou, esta segunda-feira, o projeto do Centro de Acolhimento de Migrantes, que ficará localizado na antiga escola primária de Celeirós e deverá estar concluído no segundo semestre de 2026. A obra resulta de um contacto do município com o Alto Comissariado das Migrações.

Em comunicado, a autarquia refere que “esta é uma resposta estruturada e transversal para a disponibilização de soluções de alojamento de emergência ou de transição destinadas a pessoas que se encontram em situação de risco e emergência, tendo em vista a sua inclusão social, proteção e autonomização, o combate às desigualdades e garantia de adequada proteção social”.

No total estão previstos 16 alojamentos, sendo o investimento, suportado a 100% por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de cerca de 1,2 milhões de euros.

Citado no texto, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, refere que este projeto vem dar uma resposta “imediata e não permanente” para que a população migrante “não esteja sujeita a situações indignas”.

“Diariamente somos confrontados com a necessidade de recrutamento de novos trabalhadores por parte do tecido empresarial a que os migrantes dão resposta. Se todos concordamos que a imigração deve ser regulada e responsável, para não se tornar um fator de instabilidade social, também é inegável que gera um impacto económico muito positivo e é fonte de progresso e desenvolvimento para o concelho”, afirmou.

O autarca adiantou ainda que garantir que existem condições para receber estes cidadãos é uma preocupação que deve ser partilhada por todos enquanto comunidade.

“O município tem vindo a atuar no limite das suas possibilidades para acorrer a estas situações e mitigar as consequências que acarretam para o território. Este é um centro que, para além do acolhimento, é um espaço de capacitação, dando instrumentos para que quem aqui esteja encontre colocação profissional e desenvolve a sua carreira”, disse Ricardo Rio.

Já João Rodrigues, vereador e presidente do Conselho de Administração da BragaHabit, destacou que este projeto vem solucionar o problema de um equipamento que está devoluto há muitos anos.

“O centro permitirá a reabilitação de um edifício que há décadas não serve a população e está situado numa área privilegiada do Concelho. Ao mesmo tempo, responde à necessidade de encontrar uma solução para uma realidade que não podemos ignorar e que pode até intensificar-se no futuro”, afirmou.

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