Os vereadores do PS na Câmara de Braga criticaram esta terça-feira a não reabertura do antigo Cinema S. Geraldo a tempo da Capital Portuguesa da Cultura 2025, apesar do milhão de euros em rendas que o município já pagou.
Em conferência de imprensa, o vereador socialista Artur Feio sublinhou que a ideia da autarquia é transformar o antigo cinema num centro de ‘Media Arts’ e que esta era “uma peça fundamental” de todo a estratégia cultural do município.
“O S. Geraldo nunca será envolvido na estratégia 2025, é uma completa impossibilidade (…). E já vamos em mais de um milhão de euros gasto em rendas”, criticou.
O socialista adiantou ainda que o edifício do Pé Alado, contíguo ao S. Geraldo, vai deixar de servir de sede da união de freguesias de S. Lázaro e São João de Souto, por “questões estruturais que resultam da proximidade” entre os dois edifícios.
“É um problema paralelo muito grave”, referiu.
A Câmara de Braga arrendou, em meados de 2017 e por um prazo de 10 anos, o antigo cinema S. Geraldo, pagando mensalmente 12.500 euros à arquidiocese, proprietária do edifício.
A intenção da Câmara é ali instalar o Media Arts Center, mas até à data a obra ainda não avançou.
Há dias, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, avançou que a obra deverá ir a concurso público “em breve”.
Na conferência de imprensa desta terça-feira, o PS disse ainda que o investimento adicional do município em cultura entre 2023 e 2025 “é muito, muito curto”, perante o facto de no próximo ano Braga assumir o título de Capital Portuguesa da Cultura.
“Nestes três anos, estamos a falar de um investimento adicional de apenas 3,5 milhões de euros na cultura. É muito, muito curto”, referiu Artur Feio.
Em 2025, o município de Braga investirá 13,5 milhões de euros na programação da Capital Portuguesa da Cultura.