Mais de 500 escolas do ensino básico e secundário em Portugal (entre elas, da Secundária de Amares) estão degradadas. Os números são apresentados pelo ministro da Educação, anunciando um plano de investimento para a recuperação do parque escolar que não fique dependente apenas de fundos europeus.
«Neste momento temos mais de 500 escolas que estão identificadas como estando em estado de degradação. São quase 10% do total das escolas e isso resultou da falta de planeamento», criticou o ministro da Educação, Ciência e Inovação durante a audição no parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Fernando Alexandre lamentou que a lógica até agora fosse «quando há fundos europeus, gasta-se».
Segundo o ministro, o parque escolar tem cerca de seis mil escolas, pelo que não é «muito complicado ter um plano de investimento anual», que seja um plano independente que permita pensar numa ação a médio e longo prazo.
As obras tanto poderão vir a ser pagas por fundos comunitários, orçamento do estado ou empréstimos ao Banco de Investimento: «Não podemos trabalhar em função dos fundos europeus. A ideia é fazer um plano de investimento e os Governos vão à procura das verbas», defendeu.
O ministro acrescentou que «o plano ainda não está feito» e «será sempre feito em articulação com as autarquias».
Segundo a proposta de OE para o próximo ano, o Governo aumentou a verba destinada à Educação em 6,8%, prevendo-se uma despesa total consolidada de 7,47 mil milhões de euros.
A ESCOLA
A Escola Secundária de Amares, localizada em Besteiros, concelho de Amares, entrou em funcionamento em 1984, através da Portaria nº 119/85, de 23 de fevereiro, sendo a única em todo o concelho de Amares, encontra-se integrada no Agrupamento de Escolas de Amares que, de acordo com o enunciado no seu Projeto Educativo, assume que «tem como missão desenvolver um ensino de qualidade que induza a formação integral de cidadãos responsáveis e participativos, preparados para a aprendizagem ao longo da vida, capacitando-os para uma integração harmoniosa e responsável numa sociedade complexa e globalizada, em constante mudança».
O mesmo projeto educativo refere que as maiores debilidades são a degradação das instalações da Escola Secundária de Amares, dada a ausência de um processo de requalificação estrutural e ausência de adaptações arquitetónicas que criam dificuldades a pessoas com mobilidade reduzida.
Os protestos da comunidade escolares são constantes e reivindicam melhores condições para a escola, sendo evidente o mau estar que o prolongamento das condições degradadas das instalações está a provocar.