Nos primeiros seis meses deste ano se registaram 17.154 acidentes com vítimas, que provocaram 214 vítimas mortais, 1184 feridos graves e 19967 feridos ligeiros, de acordo com os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A ANSR compara os números com o mesmo período de 2014, sublinhando “a tendência crescente” na última década, em que os acidentes aumentaram 22%, as vítimas mortais 3,4%, os feridos graves 26,% e feridos ligeiros 18,9%.
Em comparação com os seis primeiros meses do ano passado, a ANSR indica que se verificaram, entre janeiro e junho, menos 19 vítimas mortais (-8,2%), no entanto registaram-se mais 571 acidentes (+3,4%), mais 56 feridos graves (+5,0%) e mais 692 feridos ligeiros (+3,6%).
A ANSR faz também uma comparação com 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal, tendo-se registado uma diminuição dos mortos e dos feridos ligeiros, com menos 12 e 119 respetivamente. Por outro lado, observou-se um aumento nos feridos graves e nos acidentes, com mais 136 feridos graves (13,0%) e mais 486 desastres (2,9%).
A cerimónia deste ano do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada realiza-se em Évora, pretendendo-se com esta iniciativa “homenagear aqueles que perderam a vida e a saúde em acidentes rodoviários, bem como reconhecer o esforço das equipas de emergência e profissionais de saúde que lidam diariamente com as consequências da sinistralidade”.
Organizada pela Liga de Associações Estrada Viva e a Associação GARE, esta celebração ocorre anualmente no terceiro domingo de novembro, enquadrada na Década Global de Ação para a Segurança Rodoviária 2021-2030 promovida pela Organização Mundial da Saúde e tem como mote geral “Lembrar, Apoiar, Agir”.
A ANSR, cujos dirigentes estão também presentes na cerimónia, destaca “a importância de lembrar as vítimas, apoiar os sobreviventes e agir para diminuir a sinistralidade nas estradas. Através da aplicação de medidas de apoio psicossocial, reconhecimento dos direitos das vítimas e promoção de ações de saúde pública, pretende-se minimizar os impactos sociais, económicos e sanitários dos acidentes rodoviários”.