A partir deste sábado, as grávidas passam a ter de ligar para a linha Saúde 24 antes de irem às urgências. Quem não fizer esta pré-triagem, será aconselhada a fazê-la no hospital usando um telefone instalado no local para o efeito. Os casos não urgentes serão encaminhados para consulta no prazo de um dia útil no hospital ou centro de saúde.
Um teste que tinha sido anunciado pela ministra da Saúde em outubro e que arranca, para já, nas urgências de Lisboa e Vale do Tejo. Os médicos não concordam e avisam que a medida prejudica a segurança das grávidas.
A Portaria obriga as utentes a fazerem um telefonema prévio à entrada numa urgência de Ginecologia e Obstetrícia, mesmo que já estejam no edifício, para, se for o caso, ser encaminhada para uma consulta de dia ou para o centro de saúde ou ainda para outra especialidade. Além disso, prevê ainda uma redução do número de especialistas no atendimento.
Elogiando o modelo já aplicado noutros países da União Europeia, na Portaria explica-se que os objetivos passam por reduzir o número de médicos diariamente alocados às urgências de Obstetrícia e Ginecologia, diminuir as horas extraordinárias necessárias e aumentar a disponibilidade dos profissionais de saúde para outras atividades essenciais não urgentes.
O Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos são perentórios na avaliação que faz desta medida do Governo. Os sindicatos acreditam que as condições de trabalho a que obriga a Portaria vão levar mais especialistas a querer sair do Serviço Nacional de Saúde.
Estas medidas estão integradas num projeto-piloto a aplicar na região de Lisboa e Vale do Tejo, que, a ser bem sucedido, deverá ser alargado ao resto do país daqui a três meses.
Com SIC Notícias