Famalicão e a caracterização do seu território “com um ADN empresarial muito enraizado”, serviram de mote para o presidente da Câmara Municipal recordar junto do primeiro-ministro, Luís Montenegro, alguns dos investimentos prioritários para o concelho. O nó de ligação na A7, entre Famalicão e a Póvoa de Varzim, e a duplicação da entrada do acesso à A3, no nó de Famalicão, são dois deles.
Durante a inauguração do CeNTI, Mário Passos elencou o facto de Famalicão ser o terceiro concelho mais exportador de Portugal, o primeiro com o maior valor acrescentado bruto nacional na indústria transformadora e o segundo que mais contribui para o equilíbrio da balança comercial nacional, para reclamar por “uma reciprocidade entre a receita estadual e o investimento no território, por forma a que possamos ainda dar mais ao país (…) e para dar mais competitividade e desenvolvimento à acção empreendedora do território”.
O autarca social-democrata apontou a necessidade de um nó de ligação na A7, entre Famalicão e a Póvoa de Varzim, já referenciada pelas câmaras municipais de Famalicão, Póvoa de Varzim e Barcelos, que permitiria melhorar as acessibilidades e beneficiar o crescimento de uma das zonas mais produtivas do concelho, complementando o investimento em curso na estrada Nacional 14, cuja última fase da variante entre Famalicão-Trofa e Maia se encontra em conclusão.
Em termos de rede viária, apontou ainda a necessidade de uma nova ligação aos concelhos vizinhos da Trofa e Santo Tirso, alternativa à travessia agora feita pela Ponte da Lagoncinha, e à duplicação da entrada do acesso à A3, no nó de Famalicão, a exemplo do que foi feito com a duplicação no nó de saída.
Mário Passos socorreu-se ainda dos dados no concelho no âmbito do empreendedorismo e da dinâmica de investigação, desenvolvimento e inovação, e da importância da formação profissional, para pedir uma maior autonomia local na gestão do processo formativo profissional, que no seu entender traria uma “maior articulação entre a oferta formativa e as necessidades do território”.
O autarca pediu ainda mais celeridade no processo de desburocratização, nomeadamente de projectos empresariais de elevado interesse público, de que deu como exemplo a criação do maior Porto Seco ferroviário de transporte de mercadorias da Península Ibérica em Famalicão, “que tarda em libertar-se dos entraves da malha burocrática do Estado”.
“Colmatar estes défices permitir-nos-ia robustecer ainda mais o ecossistema empreendedor e inovador de Famalicão e com isso dar mais a Portugal”, anotou.