A Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso convoca a ação de protesto “O tempo da servidão acabou! Barroso Vive e Resiste”, a 18 de janeiro. Esta união surge em resposta à servidão administrativa atribuída pelo Governo Português a favor da empresa Savannah Resources.
Em manifesto, enviado à comunicação social, a associação expõe os motivos da revolta. «Há sete anos, a comunidade levantou-se contra uma mina de Lítio à porta de casa, proibindo a empresa de aceder aos terrenos baldios, da Junta de Freguesia e de particulares», começa.
«Após a decisão Governamental, e contra a vontade das proprietárias, que foram notificadas pela GNR, a empresa avançou com as máquinas e começou a aplanar a Serra para colocar novas plataformas de prospecção», diz.
Estas «prospecções são um passo fundamental para o cumprimento do relatório de conformidade (RECAPE) estabelecido na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) concedida pela Agência Portuguesa do Ambiente», explica. «Sem elas, não há mina», vinca.
«50 anos após o 25 de Abril, o Governo português continua a impor projetos à força, indiferente à realidade e às vontades das pessoas», acusa.
«Não é normal colocar quatro minas a céu aberto a escassos metros de três aldeias», continua o manifesto. «Não é normal esventrar a Serra, desviar cursos de água, destruir um modo de vida reconhecido como Património Agrícola Mundial», completa.
A comunidade de Covas do Barroso diz que «não aceita os impactos sociais e ambientais negativos de quatro minas a céu aberto, que levariam à destruição de um modo de vida reconhecido como Património Agrícola Mundial e como exemplo vivo no combate às alterações climáticas».
«A única coisa normal aqui é resistir», garante o manifesto. «Em defesa da Serra e dos modos de vida que dela dependem. E por um combate à crise ecológica justo, que apenas sacrifique os responsáveis pelo estado a que chegámos», vinca.
A ação terá início às 11h00 no Largo do Cruzeiro de Covas do Barroso, aberta a quem quiser participar.