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SAÚDE

SAÚDE -
Descentralização do tratamento à ‘doença dos pezinhos’ em Braga vai chegar a mais doentes

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga realizou, desde outubro de 2023, mais de 1.400 horas de tratamento a 19 doentes diagnosticados com paramiloidose familiar, conhecida como a “doença dos pezinhos”, e prepara-se para alargar o projeto a mais quatro pessoas.

Em comunicado, a ULS refere que, desde outubro de 2023, o Hospital de Braga, no âmbito de um protocolo estabelecido com o Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdSA), que é o centro de referência no norte do país para seguir estes doentes, tem vindo a realizar tratamentos regulares no Hospital de Dia Médico.

Este acordo possibilita que os utentes residentes na área de abrangência da ULS de Braga “tenham acesso a cuidados mais próximos da sua residência, evitando deslocações anteriormente necessárias, a cada três semanas, para aceder a este serviço em centros de referência nacional”.

Citado no texto, diretor do serviço do Hospital de Dia Médico da ULS de Braga, Carlos Capela, refere que “este processo de transição dos doentes para o Hospital de Braga traz imensas vantagens”, desde logo porque “evita a deslocação do utente muito além da sua zona de residência e liberta os serviços dos principais centros de referência nacional”, nomeadamente a ULS Santo António, no Porto, e a ULS Santa Maria, em Lisboa.

Além dos benefícios logísticos e físicos para os utentes, destaca-se também a preparação das equipas médicas para um “futuro promissor” no tratamento desta doença. “O estado da arte do conhecimento sobre a doença manteve-se no último ano, mas perspetiva-se a introdução de novos tratamentos e de formas inovadoras de administração dos fármacos, nomeadamente de forma subcutânea, que podem beneficiar o bem-estar do doente”, explica Carlos Capela.

O protocolo continuará a expandir o acesso a tratamentos especializados, com a integração de mais quatro doentes nos próximos meses. “Um ano após o início da administração deste fármaco, estamos focados na gestão de reações adversas, na prevenção de complicações e no alargamento da nossa resposta a mais utentes”, conclui Carlos Capela.

A paramiloidose familiar é uma doença hereditária, crónica e progressiva, que afeta principalmente os membros inferiores e se manifesta, em geral, entre os 25 e os 35 anos. Os sintomas iniciais incluem a diminuição da sensibilidade à temperatura, formigueiros, dormência e dor intensa.

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