A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) subscreve a criação da Área Metropolitana do Minho defendida por alguns autarcas minhotos e desafia os candidatos às câmaras dos distritos de Braga e Viana a tomarem uma posição sobre esta matéria durante da campanha eleitoral às autárquicas de Setembro.
O repto de Ramiro Brito surge na sequência de declarações favoráveis à criação dessa área metropolitana de alguns autarcas minhotos, nomeadamente do presidente do município bracarense que admitiu mesmo que “estão a ser dados passos” nesse sentido de forma a pôr fim a assimetrias em termos de distribuição de recursos entre o Minho e as áreas metropolitanas do Porto e Lisboa.
Agora, em comunicado, o presidente da AEMinha junta-se a essas vozes, sustentando que criação da área metropolitana é “uma necessidade evidente para o desenvolvimento económico e social da região do Minho”.
Ramiro Brito lembra que desde a sua fundação, em 2021, que a associação defende a criação de uma área metropolitana que “possa colocar os municípios numa cooperação mais estreita de forma a que as grandes decisões estruturais da região sejam tomadas não apenas numa dimensão municipal, mas numa dimensão intermunicipal”.
“É crucial entender a região como um todo e dar uma resposta mais efectiva e, acima de tudo, mais eficiente àquilo que são as suas necessidades, quer em termos de opções estratégicas na captação de investimento, quer em questões como a mobilidade, a mobilidade laboral ou até o próprio desenvolvimento urbanístico, apostando em ‘clusters’ mais industriais”, defende.
Ramiro Brito sublinha que a região do Minho “tem de ser vista e tratada como um todo para que, dessa forma, possa promover não só o desenvolvimento económico, mas também o bem-estar social e bem-estar comunitário”.
O patrão dos patrões minhotos considera, assim, as Eleições Autárquicas “um bom momento” para discutir o tema.
“É precisamente porque este ano temos eleições autárquicas que queremos aproveitar a oportunidade para lançar um repto a todos os candidatos de todos os municípios dos distritos de Braga e de Viana do Castelo, para tornarem este um tema de campanha e manifestarem as suas posições, para que ele também possa, de forma indirecta, ser sufragado nas próximas eleições”, desafia.
E conclui: “É estrutural para a região que ela seja vista, coordenada, dirigida e que as opções estratégicas da mesma sejam tomadas como um todo e não com uma visão minimalista e minifundiária de cada concelho.”