A Guarda Nacional Republicana iniciou hoje a Campanha Floresta Segura, que decorre até 30 de novembro de 2025.
Esta tem objetivo de «executar ações de sensibilização e monitorização, ações de fiscalização, de vigilância e deteção de incêndios rurais (IR), investigação de causas e os crimes de incêndio florestal e validação das áreas ardidas, para prevenir, detetar, combater e reprimir atividades ilícitas, garantindo a segurança das populações, dos seus bens e a preservação do património florestal», avançam as autoridades.
Assim, a GNR vai levar a cabo ações de prevenção e sensibilização, em coordenação e articulação com outras entidades como a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Ainda, deverá garantir sensibilização, monitorização e fiscalização, em todo o território nacional e investigar as causas dos incêndios rurais.
A severidade dos incêndios rurais de 2017 e o seu impacto dramático constituíram um ponto de viragem na definição e implementação de estratégias que visam assegurar uma eficiente Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI).
A floresta do continente é dominada por espécies autóctones, salientando-se os montados de sobreiros e azinheiras (cerca de 36% do total) e os pinheiros (cerca de 30%).
Os eucaliptais ocupam 26% da superfície florestal e a restante área é distribuída por espécies de menor expressão (incluindo castanheiros, alfarrobeira, acácias, medronheiro, choupos, espécies ribeirinhas e outras resinosas.
«Esta realidade florestal, associada à diversidade do país a nível geográfico, climático, social, cultural e infraestrutural, ao despovoamento do interior, ao envelhecimento da população rural, às alterações relativas ao aproveitamento e exploração da floresta, às alterações climáticas e à acumulação de elevada carga de combustível, potenciam a possibilidade de ocorrência de IR mais complexos e violentos«, explicam os militares da Guarda.
BALANÇO CAMPANHA 2024
Em 2024, foram monitorizados e fiscalizados 10 256 locais, com ausência de gestão de combustível, que deram origem a 6 127 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos, que tinham sido previamente sinalizados.
Neste contexto, em 2024, verificou-se uma evolução positiva, já que se registaram menos 1 291 ocorrências do que em 2023, equivalente a uma redução de 17%.