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Preços altos e salários baixos afastam 70% dos jovens da compra de casa 

Com a crise no acesso à habitação a não dar tréguas apesar dos apoios públicos, os jovens portugueses estão pessimistas quanto à sua independência – uma grande fatia ainda vive com os pais e para quase 70%, a perspectiva de comprar casa está completamente fora do horizonte.

Um inquérito da Century 21 a cidadãos com idades até aos 40 anos mostra que 49,5% dos jovens com idades até aos 27 anos ainda mora com os pais. Na faixa etária entre os 28 e os 35 anos, a proporção sobe para 23,7%. E mesmo entre os 36 e os 40 anos de idade, 11,4% das pessoas não vive de forma independente.

Os inquiridos indicam que os principais obstáculos à independência são os preços elevados da habitação e os salários baixos.

Na área metropolitana de Lisboa, os preços da habitação – seja em aquisição ou arrendamento – são apontados por 84,7% das pessoas como a primeira razão que os impede de viverem de forma independente. Na área metropolitana do Porto a percentagem sobe para 86,2%.

Em segundo lugar surgem os baixos salários: 82% dos jovens da grande Lisboa e do grande Porto responde que os baixos rendimentos os impedem de acederem a habitação própria.

A conjugação destes factores leva uma grande fatia da população a descartar o cenário de aquisição de habitação – não porque não queiram, mas porque preveem que não têm capacidade para tal. 44,1% dos inquiridos em Lisboa apontam para o arrendamento como solução para a sua independência. No Porto são 48,5%.

A aquisição com recurso a empréstimo bancário é considerada por apenas 31,5% dos jovens.

Uma minoria – 13,5% na capital e 16,2% na Invicta – tem meios para comprar uma casa sem hipoteca.

E há quem não veja outra solução senão partilhar casa – solução indesejada pela maioria mas que surge como inevitável para 8,1% dos inquiridos em Lisboa e 3,1% no Porto.

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