Search
Close this search box.
Search
Close this search box.
REGIÃO

REGIÃO -
Famalicão quer triplicar Zona de Protecção em torno da Casa de Camilo

A Câmara Vila Nova de Famalicão quer alargar a área protegida em torno da Casa de Camilo, em Seide São Miguel, de forma a preservar a paisagem e todo o contexto patrimonial tantas vezes retractados nas obras do romancista Camilo Castelo Branco.

O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, deu conta da vontade da autarquia esta sexta-feira, na abertura do Congresso Internacional ‘Camilo Castelo Branco, 200 anos depois’, que contou com a presença da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

O autarca adiantou que a solicitação já recebeu parecer favorável da CCDR-Norte e que agora se aguarda a validação da Direcção-Geral do Património Cultural para que a Zona Geral de Protecção em torno do imóvel – com um perímetro de 50 metros – seja alargada para uma Zona Especial de Protecção (ZEP) para um perímetro mínimo de 150 metros, de forma a garantir a protecção e valorização de toda a paisagem camiliana. 

“Foi aqui que Camilo escreveu grande parte da sua obra e a Casa de Seide tem naturalmente uma grande dimensão simbólica que de há muito vimos a preservar na vertente museológica e cultural, mas cuja dimensão queremos alargar com a criação desta Zona Especial de Protecção”, explicou Mário Passos, lembrando que o edifício, construído por volta de 1840, está situado no centro da freguesia de S. Miguel de Seide, rodeado de um conjunto de outros edifícios como o Chalé Silva Pinto, a Igreja de Seide e o Centro de Estudos Camilianos. 

“A criação desta ZEP permitirá preservar ainda mais toda esta área que é parte da memória camiliana e, por isso, esperamos que esta nossa pretensão seja atendida para continuarmos a valorizar o legado e o património de Camilo”, acrescentou o autarca.

“TRABALHO EXEMPLAR”

Na abertura do congresso, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, elogiou o trabalho que Vila Nova de Famalicão tem feito para a preservação da obra de Camilo. 

“É fundamental homenagear Camilo Castelo Branco enquanto figura histórica. Temos que estudar, preservar e divulgar em todo o território estas figuras intemporais que, por isso, são não só de Seide, mas fundamentalmente de todo o país e do mundo. E aqui o município tem feito um trabalho exemplar”, apontou. 

Recorde-se que o Congresso Internacional ‘Camilo Castelo Branco, 200 anos depois’ é um dos pontos altos das comemorações do bicentenário do nascimento do escritor – que se assinala este domingo, dia 16 – e que a Câmara de Famalicão está a assinalar, ao longo de 2025, com inúmeras iniciativas como exposições, teatro, cinema, música e publicações literárias, tendo em vista a preservação e a transmissão do legado do escritor e a conquista de novos leitores para as suas obras.

“Camilo continua vivo e a sua obra será sempre uma obra inacabada, cabendo-nos dar-lhe continuidade. Há ainda muito para descobrir e um trabalho permanente para promover”, acrescentou ainda Mário Passos. 

Este domingo a data é novamente assinalada com o lançamento, por parte dos CTT – Correios de Portugal, de uma colecção de selos da República dedicada a Camilo Castelo Branco.

[email protected]

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS