‘No mundo ninguém é ilegal’, foi este o mote e a ideia que o Bloco de Esquerda (BE) deixou em Braga, num encontro que juntou Francisco Louçã, cabeça de lista do Bloco pelo círculo eleitoral de Braga, Anabela Rodrigues e Sheila Khan.
Moderada por Chaima Badri, a conversa, que decorreu Auditório da Junta de Freguesia de S. Vítor, contou a presença de imigrantes, que manifestaram as suas preocupações.
“Com governos que têm optado por investir em benefícios para migrantes ricos e super-ricos que deles não precisam, são os trabalhadores que põem o país a funcionar, tanto os portugueses como os tão necessários imigrantes, que se vêm ultrapassados. Reconhecendo-nos como país de emigrantes, foram também lembrados os que se sentem abandonados no seu êxodo”, apontaram os bloquistas.
Para Louçã, num contexto social em que “os discursos xenófobos e promotores de ódio são cada vez mais agressivos, desmantelar o edifício que sustenta o racismo é um imperativo e requer, desde logo, o reconhecimento de que ele existe e se intersecta, mas não se confunde, com outros fatores de exclusão e de desigualdade”.
“No acesso aos direitos na saúde, na educação ou na proteção social, temos obrigação de acolher dignamente quem escolhe o nosso país para trabalhar e para viver, valorizando as pessoas e aquilo que nos acrescentam”, sublinhou.
Para Francisco Louçã, em Braga é o BE que pode” retirar lugares à agressividade da extrema direita no Parlamento e, como os presentes reconheceram, é uma voz comprometida no combate ao racismo, conferindo centralidade às políticas de promoção de igualdade e de respeito pelos Direitos Humanos”.
