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Assembleia Municipal de Amares aprova contas com abstenção do PS

A Assembleia Municipal de Amares aprovou, esta quinta-feira à noite, os documentos de prestação de contas de 2024. O relatório teve os votos favoráveis da coligação Juntos por Amares (PSD/CDS), dos membros independentes e dos presidentes de Junta. O PS absteve-se e deixou críticas.

Antes da votação, o presidente da Câmara, Manuel Moreira, lembrou que este é o último documento de prestação de contas que apresenta enquanto autarca e destacou o trabalho feito, vincando a ideia de que as exigências de quem lidera um município são hoje “muito mais complexas e desafiadoras” do que quando tomou posse pela primeira vez, em 2013.

Sobre o documento em si, Moreira disse que 2024 teve o “maior valor de arrecadação de receita de sempre da história financeira do município de Amares, ultrapassando largamente os 22 milhões de 2023”, tendo havido também um aumento de despesa, nomeadamente despesa de capital.

“A receita arrecadada foi de quase 19 milhões de euros, mais de cinco milhões do que a despesa”, explicou. Para Manuel Moreira, o município apresenta uma “robusta saúde financeira” e o facto de transitar para 2025 com um saldo de gerência de mais de três milhões de euros constitui um “excelente resultado”.

Os documentos de prestação de contas mostram que, em 2024, os valores de execução da receita global atingiram uma taxa de 97,8% e os valores de execução da despesa global cifraram-se em 79,7%. Em termos numéricos significa que em 2024 foram arrecadados mais de 25 milhões e 600 mil euros, e foram gastos 20 milhões e oitocentos mil euros.

No caso do Plano Plurianual de Investimentos (PPI), a taxa de execução foi na ordem dos 67%, totalizando um valor de 6,6 milhões de euros. “Tivemos uma gestão rigorosa e equilibrada, mas também ambição e um forte desejo de concretizar projetos estruturantes para melhorar a qualidade de vida no nosso concelho”, vincou Manuel Moreira.

CRÍTICAS DO PS

A visão do autarca foi rebatida por Mónica Silva, do PS, que disse que “muito pouco investimento” tem existido no concelho e enfatizou o facto de, em 2024, as receitas totais “terem crescido menos do que tinham crescido no ano anterior”, um “dado preocupante”, já que “o município arrecadou menos 32% das receitas para investimento”.

Mónica Silva sublinhou que o município “só executou 62% do valor inscrito no orçamento” no que se refere a fundos comunitários e 67% do PPI, o que faz com que o concelho continue a apresentar “muitas fragilidades”, nomeadamente em termos de rede viária e no serviço de recolha de lixo.

“Todavia, perto de findar o seu ciclo, o executivo tem agora uma grande pressa de suprimir estas lacunas, que persistem há muito tempo”, apontou.

Apesar de reconhecer que “houve algum investimento, que, mesmo isolado, é importante”, a representante socialista disse que o PS “nunca poderia aprovar” este relatório de contas porque traduz “falta de planeamento” e um modelo de gestão que “não é ajustado às necessidades dos amarenses”. Por isso, os quatro elementos da bancada do PS abstiveram-se.

ELOGIOS DO PSD

Já do lado do PSD, Luís Carvalho começou por destacar o “excelente resultado líquido superior a três milhões de euros”, o que faz com que o município tenha transitado para este ano com um saldo de gerência superior em aproximadamente um milhão de euros em comparação com o exercício anterior.

A capacidade de endividamento de sete milhões de euros “demonstra responsabilidade e permite ambição ao próximo executivo”, defendeu Luís Carvalho, que disse ser “justo deixar uma palavra de reconhecimento” ao atual elenco camarário liderado por Manuel Moreira pelo trabalho realizado.

“Saibamos todos, no futuro, dar o melhor de nós por este concelho”, vincou.

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