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Montenegro espera ‘normalidade no dia de amanhã’

Luís Montenegro, primeiro-ministro, apontou, esta segunda-feira, que as escolas podem funcionar normalmente amanhã «se não houver nenhuma perturbação no processo de reabastecimento» de energia.

«Não vemos razão para que não possam abrir amanhã numa situação de normalidade se não houver nenhuma perturbação neste processo de reabastecimento», disse Luís Montenegro, na conferência em São Bento.

Algumas regiões do país, incluindo Vila Verde, já se encontram abastecidas por eletricidade.

Montenegro avança, ainda, que esta terça-feira já espera a distribuição normalizada de bens essenciais, medicamentos e combustíveis. «Estamos confiantes que o restabelecimento do abastecimento [elétrico] poderá dar às pessoas uma situação de normalidade no dia de amanhã», vinca. «Não estamos a prever que haja nenhum constrangimento», assegura.

Assim, o primeiro-ministro vinca que é «expectável o restabelecimento integral do abastecimento nas próximas horas». «Já estamos com a região de Lisboa com a situação praticamente reposta», afirma.

A Beira Baixa, o Alentejo e Setúbal continuam sem energia. Ainda assim, a e-redes avança que já estão ligadas parcialmente 147 subestações, permitindo luz a cerca de dois milhões de clientes.

«Apelo também a que tenhamos moderação nos consumos que estejam relacionados com a eletricidade», pede Luís Montenegro.

A situação desta segunda-feira é «grave, inédita e inesperada», aponta. Acrescenta, ainda, que a «prioridade foi responder às situações mais críticas e urgentes». O Conselho de Ministros está reunido desde as 14h00 em gestão de crise e, segundo Luís Montenegro, «assim continuará».

Foi decretada situação de crise energética. As áreas da saúde, órgãos de soberania, forças de segurança, telecomunicações, transportes, justiça, orgãos de comunicação social, grande distribuição alimentar, entidades do sistema científico e tecnológico e sistema de pagamentos eletrónicos são considerados essenciais.

As distribuidoras de combustível já foram orientadas para garantir o abastecimento do serviço e, à REN, foi indicado quais os prioritários para o abastecimento de energia.

O primeiro-ministro elogia, ainda, «os serviços essenciais mantiveram-se a funcionar e o Estado revelou capacidade de resposta».

Avança, também, que ainda não há «explicação cabal» para o apagão. Luís Montenegro aponta, apenas, que «essa origem não está relacionada com a rede elétrica portuguesa, e tendo nós a ligação à rede elétrica espanhola, presume-se que foi nessa que teve origem e que estará relacionada com o aumento abrupto na tensão da rede espanhola, cuja origem ainda não sabemos explicar».

O Governo está a trabalhar com a REN para «aumentar a capacidade de prevenção e resiliência de forma a evitar a repetição de ocorrências como esta», diz também.

Como Portugal está apenas ligado a Espanha, não pode pedir ajuda externa, como o país vizinho faz com Marrocos.

«Ao contrário de Espanha, que pode contar da ajuda das redes de França e Marrocos, nós estamos completamente dependentes da rede espanhola. A verdade é que a circunstância de Espanha ter, nomeadamente com a Europa, limitações de interligação, também afeta a capacidade de fornecimento a Portugal. Há muito tempo que vimos lutando na União Europeia pelo reforços das interligações na Europa para podermos ter maior autonomia quer para receber quer para vender energia», termina o primeiro-ministro.

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