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Voos de avião de até duas horas podem ficar mais caros

O diretor da RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal aponta que as viagens mais curtas podem ficar mais caras.

«Não podemos afastar esse cenário. Seria conveniente que houvesse boas ligações, por exemplo, na ferrovia, rápidas e disponíveis. Isso, se calhar, poderia levar a uma política pública de algum desincentivo», diz António Moura Portugal, à Renascença.

A política, segundo o mesmo, está a ser adotada em outros países e, em causa, estão os custos do aumento dos impostos e taxas aeroportuárias, bem como a incorporação obrigatória de combustível sustentável.

«Havendo pouco, o seu custo é bastante significativo e, portanto, uma de duas: ou a incorporação é feita de forma faseada e começa a haver mais oferta para que, depois, os preços possam ser mais comportáveis; caso contrário, isto pode levar a disparar os preços, mas aí não é só nos voos de curta distância, aí é em toda a oferta das companhias aéreas e é no próprio transporte aéreo em si», afirma, também à Renascença.

Em Portugal, o diretor aponta que «enquanto não existirem essas soluções mais sustentáveis de mobilidade, seria prematuro [avançar com uma medida desse género]», pois iria «isolar e limitar essa mobilidade em Portugal».

«A tendência que se verifica noutros países, onde há opções, dificilmente pode ser transposta em termos de política pública para Portugal, pelo menos num horizonte, nos próximos cinco, dez anos», acrescentou, ainda, à Renascença.

Ainda assim, António Moura Portugal alerta que «o mercado da aviação é um mercado global». Assim, os voos mais curtos podem ficar mais caros, sobretudo se existir uma alternativa mais sustentável «que permita aos passageiros chegar em tempo útil e sem uma grande diferença entre a utilização do avião e a utilização de outros meios de transporte», diz.

«No nosso caso, Lisboa-Madrid seria o máximo que eu admitiria; Lisboa-Barcelona já me parece mais inacessível… portanto, nas ligações abaixo das duas horas seria razoável. Aliás, tem sido o padrão seguido no resto da Europa», termina.

[email protected]

Com Rádio Renascença

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