Os motoristas de matérias perigosas iniciaram esta segunda-feira uma greve por tempo indeterminado por uma revisão salarial e mudanças na profissão. O sindicato do sector já avisou que daqui a dias vai faltar combustível nos postos.
Segundo o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), a greve está a registar uma adesão de 100% e apenas estão a ser abastecidos os hospitais. A manter-se esta situação, “muito provavelmente dentro de dois a três dias” o combustível falte nos postos de abastecimento.
Em declarações à TSF, Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato, explica as razões do protesto.
“Estes motoristas têm que ter uma formação especial. Têm que ter uma certificação ADR para movimentar matérias perigosas, mas a categoria profissional que está reconhecida é apenas a de transportes de pesados”, afirma Pedro Pardal Henriques, em declarações à TSF.
O vice-presidente do sindicado adianta que “tendo em conta a especificidade e o risco a que estão sujeitos, a primeira grande reivindicação é o reconhecimento da categoria de motorista de matérias perigosas e depois o número de horas de trabalho que estão a fazer, que são excessivas, assim como a questão salarial. Nós reivindicamos aquilo que existia há 20 anos: dois salários mínimos, que pensamos ser o justo”.
O sindicalista adiantou ainda que os motoristas vivem há 20 anos com dificuldade, chegaram a uma situação de desespero e só suspendem a greve se as reivindicações forem atendidas
O protesto teve início à meia-noite desta segunda-feira, estando a decorrer concentrações em Aveiras, Barreiro, Sines e Matosinhos.