Viajar para Espanha pode ser uma opção mais económica do que viajar para o Algarve nestas férias de verão. O Jornal de Notícias analisou vários destinos e concluiu que o país vizinho tem tarifas de alojamento substancialmente mais baixas, podendo custar metade do valor do sul de Portugal.
Com uma média diária de alojamento a rondar os 300 euros, o Algarve é uma das regiões menos atrativas da Europa em termos de preços. Apenas os custos destinos de luxo como Santorini (Grécia) ou a Costa Amalfitana (Itália) superam os algarvios.
Em contraste, em Espanha, os valores são mais atrativos: Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas Canárias, apresenta uma média de 90 euros por noite, enquanto o arquipélago das Baleares fica pelos 150 euros. Mesmo a Costa do Sol (240 euros) e a Costa Brava (280 euros) oferecem preços inferiores aos do Algarve.
Pedro Fontainhas, diretor-executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, reconhece que «há um tipo de férias que nunca foi fácil para cidadãos nacionais, nomeadamente no Algarve». Contudo, sublinha que «cresceram as opções disponíveis noutros países, que se foram constituindo como alternativas», embora defenda que «o Algarve continua a ser extremamente competitivo, tal como Portugal em geral».
Além de Espanha, há mais mercados emergentes na Europa de Leste que se destacam pelas tarifas de alojamento. A Albânia apresenta preços médios de 150 euros por dia, e em Montenegro, a região de Sveti Stefan ronda os 175 euros. Na costa do Mar Negro, a Bulgária surge como a opção mais económica, com preços médios de 90 euros.
Os dados do Eurostat de 2024 indicam que a tarifa média diária de dormida em Portugal foi de 160,46 euros, colocando o país como o oitavo mais caro da Europa. Chipre (288,62 euros), Grécia (230,11 euros) e Itália (222,44 euros) lideram a tabela dos destinos mais dispendiosos.
Apesar dos preços, os dados mais recentes do turismo em Portugal continuam positivos. O Instituto Nacional de Estatística (INE) registou um crescimento de 13,9% nas receitas financeiras de alojamento em abril, totalizando 436 milhões de euros, impulsionado pela temporada de Páscoa. Em 2024, o país acumulou 77,1 milhões de dormidas, das quais 53,8 milhões foram de estrangeiros e 23,3 milhões de portugueses, resultando num total de 30 milhões de hóspedes.
Com Jornal de Notícias
