Os dois arguidos são julgados, na segunda-feira, dia 16, no Tribunal Colectivo de Braga. Estão acusados de terem seguido e furtado uma mulher que levantou 1.919 euros no balcão da Caixa Geral de Depósitos de Amares e roubaram-na na rua, depois de lhe terem furado um pneu do carro.
José Batista Soutelinho, de 64 anos, e Jaime Fernandes Sequeira, de 75, ambos residentes em Lisboa, mas o último com paradeiro desconhecido, vão ser julgados no Tribunal de Braga por furto qualificado.
A acusação do Ministério Público diz que, em Janeiro de 2015, a cidadã Maria Sameiro Leão se deslocou à Caixa, pelas 14h01, para levantar aquela quantia. Pelas 14h07, o arguido José Soutelinho entrou no mesmo banco e ali esteve 20 minutos, sem fazer qualquer operação bancária, apenas vigiando a possível vítima.
Saíram ambos e Soutelinho, acompanhado do “amigo”, seguiu Maria do Sameiro, a qual, com o marido a guiar a viatura, se dirigiu ao hipermercado Intermarché, parando-a no parque de estacionamento.
Nesse momento, Jaime Sequeira entrou a pé no local e, pouco depois, surgiu Soutelinho ao volante de um BMW, que tinha dois números da matrícula disfarçados para não ser identificado pela polícia.
FURO NO PNEU
O casal entrou no “hiper” e Soutelinho, agachado nas traseiras, furou um dos pneus do carro. Pelas 15h45, as vítimas saíram da loja, sem se aperceberem que o pneu estava furado, arrancaram e o BMW foi atrás.
Ao entrar na rua Combatentes do Ultramar, em Ferreiros, o condutor apercebeu-se do furo, parou e preparou-se para mudar o pneu.
Segundos depois, os dois estacionaram atrás, perguntaram «se era preciso alguma coisa» e disponibilizaram-se para «ajudar».
Nesse entretanto, um dos larápios disse à mulher que a bolsa que trazia estava a cair, e, de imediato, deu-lhe um “esticão”, com violência, tirando-lha e fugindo de carro.
Lá dentro, fizeram seus um total de 1840 euros e ainda ficaram com um telemóvel, o bilhete de identidade e outros documentos. Além do produto do roubo, causaram um dano, ao rasgarem o pneu, de 150 euros.
Os crimes foram deslindados com apoio dos vídeos registados pelas câmaras de vídeo-vigilância do banco e do supermercado.