Quem está a pensar mudar-se de malas e bagagens para o interior do país pode beneficiar até 4.800 euros em apoios financeiros. E isto é valido para empresas ou particulares. Trata-se de iniciativa ‘Trabalhar no Interior’, apresentada esta semana por António Costa.
Os municípios e freguesias abrangidos por esta iniciativa estão já identificados pelo Programa Nacional para a Coesão Territorial. Vila Verde, Amares, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Cerveira, Arcos de Valdevez, Monção, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte da Barca são os concelhos abrangidos pelo programa governamental.
Por exemplo, o apoio ao abrigo do programa ‘Trabalhar no interior’, cujas candidaturas arrancam ainda este mês, começa nos 2.632,86 euros por candidato, podendo atingir os 4.827 euros com a comparticipação para o transporte de bens e a majoração para os elementos do agregado familiar.
Já os trabalhadores que decidam mudar-se para o interior do país, bem como os estudantes que iniciem aqui a sua vida profissional, passam a ter direito a um apoio que começa nos 2.600 euros mas que pode ir até aos 4.800 euros.
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) é o responsável por pagar a verba dada numa fase inicial, para o arranque e instalação.
Um outro programa é o “+CO3SO (mais coeso)’. Este reside no apoio financeiro a empresas, que consiste, por exemplo, na majoração de 25% no apoio à criação de empresas para a contratação de desempregados, com o principal objectivo de criar uma bolsa de empregos exclusivamente para o interior. Este apoio pode chegar os 6 500 euros por trabalhador.
Também todos os instrumentos de apoio ao emprego para tudo que sejam contratos de trabalho no interior, contam com uma com majoração de 25%, estágios com 10%, podendo chegar a 90% de financiamento.
APOIOS À MUDANÇA
No âmbito do programa ‘Regressar’, os emigrantes que decidam voltar para Portugal, se forem trabalhar para o interior, têm uma majoração do apoio em 25%.
Para facilitar a mudança, é também lançado o programa ‘Habitar no Interior’, para o desenvolvimento de redes de apoio locais e regionais para a divulgação e implementação do ‘Chave na Mão’, que incentiva projectos-piloto municipais destinados ao arrendamento a custos mais acessíveis. Para tal, vai ser criada uma rede que integra as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e os municípios.