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SAÚDE -

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Coronavírus. Portugal prepara rede de hospitais de segunda linha

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) está a preparar a rede de segunda linha de hospitais capazes de intervir em caso de suspeita ou infecção pelo coronavírus. Também esta terça-feira, a infecção ganhou nome oficial, e um grupo de investigadores afirma que o período de incubação do novo coronavírus pode prolongar-se até 24 dias, e não 14 como se pensava.

A rede de segunda linha de hospitais deve ser activada em breve e os critérios de selecção já foram entregues à DGS que, esta terça-feira, deve enviar uma ‘check list’ para unidades de todo o país, avança o JN.

Dois critérios fundamentais para integrar a rede de segunda linha são a capacidade laboratorial e de camas de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos, adianta aquele jornal.

A recomendação integra também uma unidade de pediatria, mas esta opção está a ser debatida. É que são muito poucas as crianças infectadas, mas são muitos os recursos necessários para, por exemplo, as manter em isolamento.

Agora, cabe a cada unidade de saúde saber se cumpre os critérios exigidos ou fazer as alterações necessárias. É particularmente sensível o caso das regiões autónomas, mas o objectivo é ter hospitais habilitados a lidar com casos de coronavírus em todo o país, refere o JN.

VÍRUS GANHA NOME

A infecção provocada pelo novo coronavírus detectado na China passa a ter o nome oficial de ‘Covid-19’, decidiu esta terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) no primeiro de dois dias de reunião entre cerca de 300 peritos internacionais.

A OMS decidiu usar um nome que seja pronunciável e que não remeta para uma localização geográfica específica, um animal ou grupo de pessoas para evitar estigmatizações, segundo disse em conferência de imprensa o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O nome nasce do acrónimo em inglês da expressão “doença por corona vírus” (‘corona virus disease’).

Cientistas, investigadores e peritos de saúde pública estão a partir desta terça-feira em Genebra (Suíça) num fórum de dois dias para debater formas de controlar e lidar com o surto do novo coronavírus.

Entretanto, um estudo realizado por 37 pesquisadores, incluindo o epidemiologista chinês Zhong Nanshan, mostra que detecção é mais difícil do que se sabia.

O período de incubação do novo coronavírus pode prolongar-se até 24 dias, e não 14 como se apurou anteriormente, segundo o novo estudo.

O portal de notícias chinês Caixin divulgou as conclusões do último rascunho da investigação, que mostra que a febre – um dos primeiros sintomas – se manifestava em apenas 43,8% dos pacientes na sua primeira visita ao médico.

O novo coronavírus detectado na China já provocou mais de 43 mil infectados e mais de mil mortos, sendo que apenas uma das vítimas mortais ocorreu fora da China, nas Filipinas.

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