Há quase 40 trabalhadores portugueses retidos em grandes paquetes de recreio ao largo das Bahamas e, entre eles, estão vários da região minhota. Dois deles são do vale do Cávado e Homem: um é oriundo de Vila Verde, outro de Terras de Bouro.
O advogado João Araújo da Silva, com escritório em Vila Verde, disse que já escreveu ao Presidente da República e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, dando conta da situação e alertando para o facto de alguns dos marinheiros portugueses pretenderem regressar.
“Escrevo na qualidade de advogado, após ter sido contactado, por vários clientes que são embarcadiços, originários da região do Minho. Recebi várias chamadas desses clientes, dando nota de estarem em pleno Oceano Atlântico, no mar das Bahamas, dentro de 12 barcos de cruzeiros das companhias Royal Caribea e Princess Cruisse e outras”, diz o causídico.
João Araújo da Silva alerta para o facto de, em alguns casos, o contrato de trabalho dos nossos compatriotas ter terminado em Fevereiro último: “uns estão a bordo, mas sem receber, outros têm contrato e continuam a receber, mas estão em contacto com pessoas infectadas com Covid 19, sendo que, anteontem faleceram duas pessoas estrangeiras em virtude do vírus Covid 19”.
E o advogado apela: “Como o momento é de união, num dos barcos, está um cliente meu, que é oficial, com preparação da Marinha inglesa, que está permanentemente em contacto comigo, e que pode auxiliar Portugal, já que, é certo, alguns precisam de regressar a Portugal”.
“Aguardo novidades, de forma a ajudar as famílias e os portugueses que estão nestes navios de cruzeiros, e contem comigo para o que precisarem”, acrescenta a concluir.
Durante esta quinta-feira, advogado não recebeu resposta nem do PR, nem do MNE. O Amarense/PressMinho contactou, por e-mail, o Ministério, mas também não obteve, até ao momento, qualquer resposta