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BRAGA

BRAGA -
Hotel João Paulo II começa a receber doentes covid-19 a partir desta sexta-feira

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, acompanhado pelo secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, coordenador para o covid-19 no norte do país, visitou o Hotel João Paulo II, situado junto ao Santuário do Sameiro, que a partir de sexta-feira começa a receber doentes infectados com o novo coronavírus que já não precisam de estar internados e não tenham condições de isolamento em casa.

O hotel, cedido temporariamente pela Arquidiocese de Braga, passa a funcionar como uma a estrutura de retaguarda distrital para acolher doentes que são encaminhados pelos lares que não têm condições para efectuar o isolamento bem como pelo Hospital de Braga. A estrutura pode também responder a situações de cariz social, nas quais as pessoas não têm retaguarda para o isolamento no domicílio.

Ricardo Rio, explicou que esta unidade “resulta de uma partilha de responsabilidades entre todas as instituições desde as câmaras municipais, ao Comando Distrital da Protecção Civil, à Segurança Social, englobando o ACES, o Hospital de Braga e a Cruz Vermelha Portuguesa e os Hotéis do Bom Jesus”.

“É muito importante termos estruturas de suporte e retaguarda como esta. Nesta fase, as unidades hoteleiras estão sem clientes e muitas têm manifestado a sua disponibilidade para receberem os profissionais de saúde, agentes de protecção civil e doentes”, referiu Ricardo Rio esta quinta-feira durante a visita, lembrando que o próprio município e a InvestBraga disponibilizaram alojamento gratuito para profissionais da área da Saúde na Pousada da Juventude.

O funcionamento da estrutura é assegurado por uma equipa constituída por 13 profissionais, dos quais quatro enfermeiros. A coordenação é da responsabilidade da Cruz Vermelha, que protocolou este serviço com a Segurança Social.

O Hotel João Paulo II dispõe de 92 quartos, tendo sido criada uma zona com 19 camas articuladas para fazer o isolamento de utentes positivos covi-19 que necessitem deste tipo de equipamento.

A unidade foi, assim, dividida em duas alas: uma destinada a doentes que não precisam de cuidados hospitalares, outra (primeiro piso do hotel) para doentes infectados que não tenham condições para ficar em isolamento nas suas residências.

Recorde-se que também a Universidade do Minho respondeu positivamente ao apelo da autarquia bracarense e disponibilizou a Residência Universitária Prof. Carlos Lloyd Braga, para apoio de retaguarda a pessoas que se encontram em lares e instalações congéneres afectados por casos de covid-19.

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