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GNR desmantela rede de comércio ilegal de tabaco e faz cinco detidos em operação que passou por Braga

A GNR deteve esta terça-feira cinco pessoas e apreendeu mais de três milhões de cigarros provenientes de Angola e Espanha durante uma operação que decorreu nos distritos de Braga, Lisboa e Setúbal e visou o desmantelamento de uma rede de comércio ilegal de tabaco.

No âmbito da operação Bóreas  da Unidade de Acção Fiscal (UAF) da GNR que visa dar cumprimento a diversos mandados de busca e de detenção em várias localidades dos distritos de Braga, Lisboa e Setúbal, tendo resultado na detenção de cinco homens, com idades entre os 31 e os 63 anos, e na apreensão de mais de três milhões de cigarros, refere a corporação, em comunicado.

A Guarda indica que a investigação, que decorre há mais de um ano e está a ser desenvolvida pelo Destacamento de Acção Fiscal (DAF) de Lisboa, identificou um esquema fraudulento, de dimensão transnacional, orientado para a introdução de tabaco em Portugal, sem o pagamento da prestação tributária devida em sede do Imposto Especial Sobre o Consumo de tabaco (IT) e do IVA.

Segundo a GNR, a operação, que inclui o cumprimento de cinco mandados de detenção, 20 mandados de busca domiciliária, 21 mandados de busca em viaturas e 23 mandados de busca não domiciliária, visa o desmantelamento desta rede organizada e a apreensão de meios de prova.

Em causa estão indícios dos crimes de associação criminosa, contrabando qualificado, introdução fraudulenta no consumo qualificada, fraude qualificada e o crime de receptação de mercadoria objecto de crime aduaneiro, acrescenta aquela força de segurança.

A GNR sublinha que, até ao momento, foram apreendidos 3.300.000 cigarros, o que significa que caso esse tabaco tivesse sido introduzido no consumo, teria provocado uma diminuição das receitas do Estado num valor superior a 600 mil euros.

A GNR explica ainda que o tabaco, proveniente de contrabando ou introduzido fraudulentamente no consumo em Portugal, tinha proveniência de Angola e de Espanha e destinava-se à comercialização, através de circuitos marginais, em estabelecimentos de restauração e bebidas da área de Lisboa e Vale do Tejo.

Esta força de segurança refere também que além de defraudar o Estado português, o tabaco era produzido e comercializado sem o cumprimento das normas estipuladas pelas entidades reguladores e autoridades de saúde.

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