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REGIÃO -
Paredes de Coura. Vítor Paulo Pereira denuncia modelo “duro e pouco flexível” dos fundos comunitários

O presidente da Câmara de Paredes de Coura sustenta que o actual modelo de atribuição de fundos comunitários “não é ágil e não se adequa, na maior parte das vezes, às oportunidades de investimento ou às necessidades, no momento, das diversas autarquias”.

Vítor Paulo Pereira reivindica “fundos comunitários que apoiem os planos estratégicos” das autarquias, “bem definidos e com estudos de viabilidade económica e financeira”, e que “não sirvam apenas para simplesmente acudir a necessidades pontuais, apesar de necessárias, das autarquias”, reclamando maior flexibilidade às Câmaras Municipais quando apresentam candidaturas aos fundos comunitários.

Recorda que no presente “há muita gente inquieta a discutir a orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, “mas ninguém está verdadeiramente preocupado com a estrutura e o modo como os fundos estão organizados, que é o assunto mais estratégico para o desenvolvimento dos concelhos e da região”.

“PRONTO A VESTIR”

O edil courense insiste que a estrutura “dura e pouco flexível” dos fundos comunitários “não é amiga do investimento estratégico”.

“Quantos vezes uma autarquia precisa de um apoio em determinada área para estimular um investimento e ele não está disponível ou quando existe é irrisório. Sem desprimor, muitas vezes os fundos assentam na inflexibilidade de um pronto a vestir”, ironizou Vítor Paulo Pereira, caricaturando com a seguinte imagem: “entramos à procura de um fato tamanho 50 e acabamos por trazer vestido o tamanho 56. São muitas as autarquias neste momento com as calças pelo meio da perna ou com as mangas do casaco demasiado compridas”.

“A figura muitas vezes não é a mais bonita e nem sempre a culpa é das autarquias, que nos últimos anos evoluíram muito”, diz.

O autarca sustenta que “se nada mudar continuaremos a acudir a tudo e sem planeamento, quando o que as autarquias querem é que sejam elas a decidir o que pretendem para o território, porventura até com o mesmo dinheiro, mas com a capacidade de decidir onde investi-lo e na melhor altura, sem estar à espera que abra o próximo aviso”.

“Se nada mudar continuaremos a estar sujeitos ao pronto a vestir ou ao stock existente ou, em último lugar, às visões do Estado que tem a pretensão de decidir o que é melhor para nós”, argumenta.

INVESTIMENTOS

Falando no Dia do Município, Vítor Paulo Pereira recordou que Paredes de Coura compete hoje, “sem medo”, pela captação por grandes investimentos com outros “centros mais fortes”, apontando que “brevemente apresentaremos investimentos que abrirão as portas de um novo ciclo de desenvolvimento industrial centrado na tecnologia e no conhecimento”.

“Paredes de Coura tem uma visão para o território e uma estratégia para o seu futuro com uma definição de objectivos claros de desenvolvimento económico e de coesão social, suportadas em políticas de desenvolvimento industrial inovadoras que promovem o emprego e diversificam os sectores produtivos”, apontou.

A nova ligação da A3 ao Parque Industrial de Formariz orçada em 9,5 milhões de euros e a requalificação e expansão do Parque Empresarial com o valor total de 1,8 milhões permitirão a fixação de novas empresas que diversificarão o tecido industria, colocando o concelho courense “no grupo dos concelhos mais exportadores do norte do país”.

“Uma estratégia desenhada em complementaridade com uma nova estratégia para habitação, a preços compatíveis com os rendimentos das famílias ou a preços controlados, condição fundamental de sustentabilidade, que ainda arrancará este ano”, assegurou Vítor Paulo Pereira.

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