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Líderes da euro-região apresentaram plano estratégico para o pós-Covid-19 aos Governos de Portugal e Espanha 

O Eixo Atlântico apresentou esta quinta-feira, 17 de Dezembro, um documento com as conclusões estratégicas dos líderes da euro-região para a recuperação pós-Covid-19, que agora será enviado aos Governos de Portugal e Espanha.

Este plano estratégico resulta da Conferência de Líderes, que decorreu em Setembro em Pontevedra, na Galiza, e juntou um grupo de especialistas e autarcas de 31 municípios da associação transfronteiriça do Eixo Atlântico para debaterem a recuperação económica e social em toda a Euro-região no pós-pandemia Covid-19.

Esta iniciativa é «pioneira e única no contexto europeu», juntando autarcas e decisores políticos de dois países. Tendo em conta os interesses da Euro-região do Norte de Portugal e da Galiza, o documento apresenta políticas a desenvolver, no quadro do processo de reconstrução, para superar a crise causada pela pandemia, bem como para fortalecer a resiliência das cidades e prevenir os efeitos de futuras crises que possam ocorrer.

De acordo com Ricardo Rio, a cooperação que se regista nesta euro-região, que se prolonga há mais de 25 anos, é um factor que representa uma «vantagem competitiva na preparação dos possíveis cenários pós-pandemia».

«Vamos apostar na criação de novas políticas urbanas que respondam aos desafios actuais de forma a estimular a competitividade e a inovação, criando melhores condições para o desenvolvimento territorial», refere o autarca em nota enviada, realçando a «importância da colaboração e partilha de responsabilidades entre poderes públicos, da cooperação institucional e do envolvimento dos cidadãos e de todos os agentes da sociedade para se potenciar os modelos de desenvolvimento mais sustentados e assentes na inovação», pode ainda ler-se.

O Eixo Atlântico irá agora apresentar o documento aos governos de Portugal e Espanha, bem como à Xunta de Galicia e à CCDR-N, para serem incluídos nas políticas de recuperação, tanto a nível de gestão política como a nível de financiamento. Ao mesmo tempo, servirá de guia para matérias da competência dos municípios para serem delineadas soluções conjuntas e complementares, evitando a dispersão, a duplicação e promovendo a cooperação.

Com base nos quatro pilares identificados para o futuro (economia, política social, desenvolvimento sustentável e inovação, complementados pela regeneração urbana e investigação), as medidas propostas incluem o «fortalecimento do papel das cidades e do valor das suas marcas; as novas dimensões das cidades inteligentes e a proposta de um esquema de política local pós-Covid-19; o futuro das cidades na nova era que se avizinha e a necessidade de reforçar a participação dos cidadãos», concluem.

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