O candidato do Chega à Câmara de Terras de Bouro, João Madeira, criticou o «velho sistema cacique», assegurando «tudo fazer para o erradicar», tendo em conta que a autarquia é o maior empregador do concelho.
Numa publicação nas redes sociais, Madeira apresentou uma tabela que mostra que, em Terras de Bouro, há um rácio de 3,23 funcionários da autarquia por habitante e compara esses números com os concelhos vizinhos.
«A Câmara Municipal de Terras de Bouro lidera muito destacada. Porque será?», questiona, antes de considerar que «é prática corrente da ‘classe governante’ manter o seu domínio sobre os munícipes através, por exemplo, da oferta de emprego (e dos apoios sociais)».
«Infelizmente, este é um ‘fenómeno’ que se arrasta há largos anos e que é usado para a perpetuação do seu sistema de exploração e opressão, utilizando vários meios para este fim. Por exemplo, tentam manter o nosso concelho afastado do saber e da cultura, negando-nos todos os instrumentos do progresso e tornando-nos, assim, mais susceptíveis à manipulação», refere.
Para o candidato do Chega, «na falta de alternativas, o acenar de pequenas promessas é suficiente para atrair gente com pouca ou nenhuma consciência social e humana».
«Este fenómeno é amplificado pelo facto de autarquias como a nossa ter acesso a fundos financeiros com origem nos impostos e nas taxas locais. Com estes fundos e alguma arbitrariedade possível na sua utilização, os nossos ‘caciques locais’ que os controlam têm alimentado ao longo dos anos as suas ‘clientelas’, seja ‘corrompendo’ alguns empresários (que por sua vez têm influência sobre os homens e mulheres que exploram), seja empregando selectivamente alguns dos seus ‘fiéis seguidores’», afirma.