A escritura de compra e venda do Complexo Termal de Caldelas, entre a Sociedade “Empresa das Águas Mineromedicinais de Caldelas S.A.” e o Município de Amares já está assinada. O momento foi efectivado na passada sexta-feira, 29 de Outubro, e compreende um investimento de «um milhão e cem mil euros», através do qual a Autarquia passa a ser proprietária do respectivo complexo e o concessionário da exploração daquelas águas termais.
Para o Presidente do Município de Amares, Manuel Moreira, este é um processo que se tem «arrastado no tempo» e cuja resolução – agora efectivada – se reveste de «vital importância».
«As termas estavam numa situação muito delicada, em que os proprietários viviam tempos difíceis. Chegámos a acordo e damos agora um passo muito importante para que possamos dentro em breve ver as termas revitalizadas e a funcionar em pleno», refere Manuel Moreira.
«As Termas de Caldelas são um ícone do concelho de Amares e do distrito de Braga e em tempos foram uma referência nacional no domínio do termalismo em Portugal. Tudo faremos para que voltem a estar ao nível das melhores termas do país, impulsionando a economia e o turismo local» acrescenta o autarca.
CASO
De recordar que em meados do ano transacto foi «apresentada pela administração da sociedade “Empresa das Águas Mineromedicinais de Caldelas, S.A.” ao executivo municipal uma proposta de venda de todos imóveis afectos à exploração das águas termais, ao serviço de fisioterapia e outros conexos às respectivas actividades, bem como de cessão da posição na concessão de exploração da Água Mineral Natural, e, ainda, de transmissão da posição jurídica na convenção com a ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, I.P».
Na ocasião, os titulares dos cargos políticos em causa «tomaram conhecimento da falta de interessados na aquisição dos imóveis e demais direitos e na continuidade das actividades que ali se desenvolvem, começando a evidenciar-se o cenário de eventual abandono e falência do complexo termal e dos seus serviços, mormente o termalismo e fisioterapia», escreve o Município em nota enviada.
«Iniciaram-se, por isso, múltiplas diligências, nomeadamente reuniões com a área sectorial dos recursos hidrogeológicos da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), – órgão da administração directa do Estado a quem compete contribuir para a identificação e exploração dos recursos geológicos e hidrogeológicos, designadamente de águas minerais naturais. Promoveram-se, ainda, reuniões com a Autoridade Regional de Saúde do Norte, acerca da convenção de fisioterapia, bem como múltiplos encontros com a administração da sociedade anónima em apreço, entre muitas outras reuniões de trabalho e estudo da situação em apreço», pode ainda ler-se em comunicado.