O Ministério Público (MP) acusou 25 arguidos, incluindo quatro empresas sediadas no Norte do país, de tráfico e mediação de armas, de falsificação de documentos e de detenção de arma proibida.
Em nota publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) explica que, entre 2017 e 2019, as quatro sociedades, localizadas em Ponte de Lima, em Amares e em Fafe, e em Lousada, distrito do Porto, «dedicaram-se ao fabrico, armazenamento e comercialização de artigos pirotécnicos fora das condições legais».
«Com o fabrico em quantidades muitos superiores às legalmente permitidas, procedendo à rotulagem falsa dos artigos e colocando-os à venda no mercado nessas condições», refere a PGRP.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), «os responsáveis pela sociedade de Ponte de Lima tinham também ligações a outros pontos do país, nomeadamente à Ilha da Madeira, para onde transportaram parte substancial dos artigos pirotécnicos produzidos, fazendo-o também com o uso de veículos não apropriados, viciando as respectivas guias de transportes e manifestos de carga».
Na sequência das buscas realizadas às quatro empresas e às residências dos arguidos, as autoridades apreenderam «inúmeros artigos pirotécnicos, seus componentes e substâncias usadas no fabrico», assim como mais de 80 mil euros «guardados em casas e noutros locais, fora do sistema bancário, resultantes da venda de tais artigos».
O MP requereu a perda das vantagens do crime e dos artigos apreendidos.